Dólar inicia a semana cotado a R$ 5,78 com expectativa sobre ‘tarifaço’ de Trump; Ibovespa fecha em alta.
Nesta segunda-feira (10), o dólar registrou valorização em relação à maioria das moedas globais, refletindo a expectativa do mercado sobre o anúncio das tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio nos Estados Unidos. Essa medida, prometida pelo ex-presidente Donald Trump e agora reforçada em sua campanha, reacendeu temores protecionistas, levando investidores a adotarem posturas mais cautelosas e a buscarem ativos de menor risco.
Além do impacto imediato da possível taxação, cresce a incerteza quanto a novas medidas tarifárias baseadas no conceito de “reciprocidade”, uma estratégia defendida por Trump para retaliar países que, segundo ele, se beneficiam comercialmente dos EUA sem contrapartidas justas.
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Impactos no Mercado e Perspectivas
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a seis das principais moedas globais, subiu 0,26%, atingindo 108,319 pontos, o que indica uma valorização da moeda americana no cenário global. No Brasil, a moeda oscilou ao longo do dia, chegando a R$ 5,78 antes de fechar em leve queda de 0,13%, a R$ 5,7860. Apesar da retração no fechamento, o dólar acumula desvalorização de 0,87% em fevereiro e de 6,38% no ano de 2025.
O euro também apresentou queda, sendo negociado a US$ 1,0309, acompanhando o fortalecimento do dólar no mercado internacional.
Reação do Mercado Brasileiro
O Ibovespa fechou em alta, refletindo o otimismo dos investidores em relação ao mercado acionário doméstico, impulsionado por setores menos expostos às incertezas comerciais internacionais. No entanto, empresas ligadas à exportação de aço e alumínio seguem em alerta, dado o impacto potencial da taxação americana.
Fatores que podem influenciar o dólar nos próximos dias
Decisão sobre tarifas: O anúncio oficial do governo americano sobre a taxação do aço e do alumínio pode gerar novas oscilações no câmbio.
Política monetária do Federal Reserve: Expectativas sobre juros nos EUA podem afetar o fluxo de capitais para países emergentes.
Cenário fiscal brasileiro: A evolução das contas públicas e a trajetória da taxa Selic também influenciam o comportamento da moeda americana no Brasil.
Dados de inflação global: Indicadores de inflação nos EUA e na Europa podem impactar decisões dos bancos centrais e, consequentemente, o dólar.
A tendência do câmbio continuará sensível ao desenrolar dessas questões, sendo crucial acompanhar os desdobramentos da política americana e seus reflexos no comércio global.