O modal hidroviário é o transporte comprovadamente mais ecológico existente. Uma barcaça usada para o transporte de grãos equivale a 1.200 caminhões retirados das estradas. Especificamente na região do Pantanal, nos portos de Corumbá, Ladário e Porto Murtinho a exportação cresceu 44,1% no ano passado, em relação a 2020.
Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), uma das áreas de atuação da Hidrovias do Brasil, a operação retirou 3,153 milhões de toneladas de produtos em 2021, um incremento de 965 mil toneladas em relação às 2,188 milhões de toneladas do ano anterior. Além disso, o meio hidroviário é o que menos emite CO2 por tonelada transportada.
Convertido em cargas transportadas pelos caminhões, as 3,153 milhões de toneladas – a uma capacidade média de 50 toneladas por veículo – significam que 63 mil caminhões deixaram de transitar pelas rodovias no ano passado, aliviando parte da sobrecarga sobre as estradas.
Mesmo registrando um volume maior do que no ano anterior, o volume escoado pelas hidrovias sofreu uma queda nos últimos anos, principalmente, em decorrência da falta de chuvas e consequente redução do calado do rio, impedindo a navegação das embarcações.
As exportações de Mato Grosso do Sul representaram cerca de 5% das 65,2 milhões de toneladas transportadas da navegação interna em todo o Brasil em 2021, quando houve uma redução de 6,1% no volume.
As principais cargas transportadas pelos rios brasileiros foram soja e milho, que registraram queda de 0,5% e 38,7%, respectivamente.
A Região Norte foi responsável por 74% da movimentação de cargas, seguida pelas regiões Sul (19%), Centro-Oeste (6%) e Sudeste (1%).