Além de Mato Grosso do Sul, operação é deflagrada em mais sete estados brasileiros e cumpre 30 mandados de prisão
Mato Grosso do Sul é um dos estados alvos da Operação Downfall, da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 04 de maio, pelo tráfico internacional de drogas. Até o momento, dois foram presos em Campo Grande e quatro em Dourados. O envio de entorpecentes tinha como destino a Europa.
Conforme a Polícia Federal, a Operação tem como objetivo reprimir e desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional e interestadual de drogas com diversas ramificações no país. Cerca de 350 policiais federais, 130 policiais civis e 25 auditores da Receita Federal estão à 30 mandados de prisão preventiva e 87 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo.
Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, que totalizam um valor estimado de aproximadamente R$ 1 milhão.
Investigações – As investigações revelaram que a organização constituiu logística para operacionalizar as ações de narcotráfico interestadual e internacional, que abrange desde a produção da droga no exterior, seu posterior ingresso e transporte dentro do território nacional, distribuição interna, preparação e o envio dos carregamentos de cocaína para o exterior utilizando principalmente o modal marítimo.
Grande parte da droga movimentada pelo grupo tinha como destino os portos da Europa e, para isto, atuavam predominantemente na região do Porto de Paranaguá (PR). Foram identificadas diversas apreensões de carregamentos de cocaína vinculados a atuação da organização criminosa e também foram realizadas prisões em flagrante e apreensões de droga no decorrer da investigação, totalizando aproximadamente 5,2 toneladas de cocaína.
Além do esquema de narcotráfico, alguns dos seus integrantes também estão envolvidos com outras práticas criminosas, como homicídios e o tráfico de armas de fogo, munições e acessórios.As investigações revelaram ainda que lideranças dessa Organização Criminosa empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita.
Nesse contexto, apurou-se que o principal esquema financeiro para promover a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas era o investimento no setor imobiliário do litoral de Santa Catarina. As investigações também constataram pagamentos de imóveis de luxo com altas quantias de dinheiro em espécie sem a devida comunicação aos órgãos competentes, bem como a utilização de interpostas pessoas para ocultar a identidade do real adquirente.