O total de investimentos do Governo do Estado em Corumbá (R$ 76,4 milhões), em obras de saneamento básico, pavimentação urbana e recuperação e manutenção de prédios escolares, pontes e estradas, em menos de dois anos, é maior do que o aplicado pelo governo anterior em oito anos. Grande parte dos recursos – R$ 59,9 milhões – são próprios da Empresa de Saneamento de MS (Sanesul), destinada a ampliação e modernização do sistema de abastecimento de água e esgoto.
Enquanto o governo anterior aplicou R$ 73,6 milhões no município, entre 2007 e 2014, verba esta oriunda do governo federal (Programa de Aceleração do Crescimento, PAC), a atual administração garante infraestrutura vital para a quarta maior cidade do Estado usando grande parte dos recursos da própria receita, em um período de escassez por conta da crise econômica do País. “Estamos cumprindo compromissos com Corumbá”, afirma o governador Reinaldo Azambuja.
Os investimentos no município pantaneiro em saneamento básico vão resolver definitivamente o problema da falta de água na parte alta da cidade, bem como evitará um colapso no sistema de captação, tratamento e distribuição, hoje sobrecarregado e pressionado pela demanda, além da precariedade de equipamentos hoje obsoletos. As obras estão em fase final de conclusão.
“Nosso governo está contemplando toda a cidade com água tratada, para que não haja mais interrupção de fornecimento, que era um drama da população”, diz Azambuja. O governador lembrou que a capacidade de investimento do governo em Corumbá e nos demais 78 municípios se deve aos ajustes na máquina administrativa, com cortes de cargos e despesas, e, entre outras medidas, a troca de impostos por emprego, atraindo mais indústrias e gerando desenvolvimento econômico e social.
ETA AMPLIADA
Dentre as obras em execução pela Sanesul na cidade, uma é considerada essencial para garantir a água na torneira das residências de pelo menos 13 bairros da parte alta: a construção de mais um módulo de tratamento na ETA implantada na década de 1960, pelo ex-governador Pedro Pedrossian, no centro da cidade. Hoje a ETA opera no limite com dois módulos, projetados para atender a demanda em 30 anos, tratando l.500m cúbicos/hora de água bruta captada no Rio Paraguai.
“Com o novo módulo, que entra em operação ainda este ano, a nossa capacidade de tratamento aumenta em 50% (2.250m cúbicos/h), volume suficiente para garantir o abastecimento de novos conjuntos residenciais na parte alta”, informa o gerente regional da Sanesul, Eduardo Duque. Ele explicou que a ETA terá também um novo reservatório, para 1.000m cúbicos/h (o atual tem capacidade de 150m cúbicos/h), além de novos equipamentos de bombeamento.
A antiga ETA também contará com novo comando operacional (supervisão e controle) automatizada e uma casa de força totalmente remodelada para eliminar riscos de paralisação do sistema por blecaute. A rede de captação de água do Rio Paraguai também recebeu investimentos (R$ 1 milhão), com substituição da tubulação e parte elétrica (novos transformadores e fiação), garantindo bombeamento numa elevação de 75 metros até a ETA.
OBRA INACABADA
Um terceiro reservatório, com capacidade para 5.000m cúbicos/h, está sendo construído no bairro Nossa Senhora de Fátima – mais uma obra inacabada, iniciada em 2013, que está sendo concluída pelo atual governo -, para atender a 13 bairros da parte alta (região do Guatós). “A concepção de abastecimento de água de Corumbá muda completamente com estes novos investimentos, atendendo não apenas a demanda atual, mas expansões futuras”, explica Gregório Curvo, gestor de projetos da Sanesul.