“Não podemos reagir de forma desarticulada às mudanças no comércio global”, destacou o senador


A Comissão de Relações Exteriores (CRE), sob a liderança do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), reuniu na quinta-feira (13) ex-presidentes da comissão e o Itamaraty para discutir os desafios do Brasil no comércio global. O senador destacou que o Brasil não pode continuar reagindo de forma desarticulada às mudanças no comércio internacional e que Mato Grosso do Sul, um dos grandes exportadores do país, precisa de segurança e estratégia para se posicionar no mercado mundial.
O encontro teve como foco garantir que o país adote uma estratégia eficaz para enfrentar barreiras comerciais, como as tarifas impostas pelos Estados Unidos, e proteger seus exportadores.
SER PEGO DE SURPRESA
“Jamais a gente poderia ter sido pego de surpresa com a ‘Trumpulência’. O Brasil precisa antecipar desafios e garantir previsibilidade para quem produz”, afirmou o senador Nelsinho Trad.


Antes da reunião, o presidente da CRE se reuniu com o ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, o embaixador Roberto Azevêdo, que alertou para as barreiras enfrentadas por produtos importantes da economia brasileira e do MS, como celulose e etanol.
“Não basta termos compradores, precisamos garantir que nossos produtos atendam às exigências globais. E, para isso, o Brasil precisa agir com estratégia”, disse Azevêdo.
BARREIRAS COMERCIAIS
A Comissão de Relações Exteriores também elegeu na quinta-feira (13) a senadora Tereza Cristina como vice-presidente da CRE. “Muito feliz de poder ajudá-lo nessa comissão”, disse ao senador Nelsinho Trad. A senadora ressaltou seu substitutivo ao projeto que permite aplicar tarifas equivalentes a países que impõem taxações excessivas sobre produtos nacionais.
“Essa é uma ferramenta para garantir que nossos produtores não fiquem em desvantagem. Precisamos enfrentar essas barreiras com firmeza”, afirmou Tereza Cristina.
PROTAGONISMO DO SENADO
O senador Nelsinho Trad afirmou, após a reunião, que a atuação do Senado precisa ser firme e propositiva diante dos desafios globais.
“O Brasil não pode mais se dar ao luxo de reagir de forma desarticulada às mudanças no comércio global. Precisamos de estratégia e antecipação. O estado que represento, Mato Grosso do Sul, tem um potencial extraordinário, mas sem uma política comercial bem definida, ficamos vulneráveis a barreiras que poderiam ser evitadas. Garantir segurança e previsibilidade para nossos produtores e exportadores não é apenas uma necessidade, é uma obrigação”.