Justiça afastou investigadora de polícia e um escrivão suspeitos de integrar organização criminosa
O corregedor-geral da Polícia Civil, Clever José Fante Esteves, afastou compulsoriamente dois agentes investigados por usarem seus cargos para colaborar com organização criminosa envolvida em assassinatos. Ambos foram alvos da Operação Juramento Quebrado, deflagrada na última segunda-feira (15).
Conforme publicação no DOE (Diário Oficial do Estado) desta terça-feira (19), o escrivão Gustavo Cristaldo de Arantes e a investigadora Fátima Regina Pereira Benitt , que atuavam na Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e na 2ª Delegacia de Polícia, respectivamente, ficam afastados “pelo prazo em que perdurar a medida imposta pela justiça”.
O corregedor-geral determinou, ainda, o recolhimento das armas, carteiras funcionais e demais pertences do patrimônio público destinados aos policiais, além da suspensão das senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial, suspensão de férias e avaliação para fins de promoção e conclusão de estágio probatório.
A ação judicial corre sob segredo de Justiça, mas, segundo apurado pela reportagem, os crimes, por ora, são os de corrupção passiva e violação de sigilo funcional. As defesas de ambos não foram localizadas para comentar o afastamento.
Juramento quebrado
A operação foi cumprida pela DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), com apoio da Corregedoria Geral da Polícia Civil e cumpriu ordens judiciais.
Uma das desconfianças em relação ao trabalho dos policiais é de que estariam atuando para atrapalhar a investigação de homicídios com caraterística de execução.
“A ação decorre de investigações de homicídios ocorridos no bairro Moreninhas, que levaram à suspeita da existência de organização criminosa que recebia colaboração de policiais civis”, informou a PC em nota emitida no dia.