Casa em Pedro Juan Caballero teria sido usada para planejar execução de Clemencio González
A execução brutal do narcotraficante Clemencio González Giménez, o “Gringo”, em Pedro Juan Caballero, Paraguai, no último domingo (5), evidencia a complexa teia de violência que assola a fronteira entre Brasil e Paraguai.
A rápida ação da Polícia Nacional e o Ministério Público do Paraguai na localização da casa usada pelos pistoleiros como esconderijo demonstra o compromisso em combater o crime organizado, mas investigações aprofundadas são necessárias para desmantelar as redes criminosas que operam na região.
Segundo investigadores paraguaios, os matadores se reuniram na casa localizada no Jardim Aurora para planejar o crime. O carro usado pelos pistoleiros, um HB20 com placa de São Paulo, foi encontrado queimado minutos após o ataque.
No domingo à tarde, homens armados com fuzis e pistolas invadiram o local e mataram o traficante com pelo menos 37 tiros. Sentado no sofá, ele não teve tempo de reagir. A polícia acredita que gente da confiança de Gringo o traiu, revelando seu esconderijo.
Detalhes do Crime:
- Vítima: Clemencio González Giménez, 64 anos, conhecido como “Gringo”.
- Local: Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS).
- Data: Domingo, 5 de maio de 2024.
- Modus Operandi: Homens armados com fuzis e pistolas invadiram o esconderijo de Gringo e o executaram com pelo menos 37 tiros.
- Motivo Presumido: Guerra territorial entre facções rivais.
Gringo era um dos últimos traficantes da “velha guarda” da fronteira, com extensa lista de crimes, incluindo assassinatos e tráfico de drogas. Era padrinho do ex-rei da fronteira Fahd Jamil e se aliou ao narcotraficante brasileiro Fernandinho Beira-Mar.
A mansão de Gringo era conhecida pela capela no quintal, réplica da Basílica da Virgem de Caacupé, padroeira do Paraguai.
A execução de Gringo se insere em um contexto de guerra entre facções rivais, com o PCC (Primeiro Comando da Capital) em ascensão na região.