Agente de Ladário foi condenado a 2 anos e 4 meses de prisão em regime aberto
O policial federal Gilson Moura Castro, de 59 anos e lotado em Campo Grande, foi definitivamente expulso da corporação após ser condenado por fraudar documentos de imigração de um casal de libaneses residentes no Brasil. A decisão, proferida pelo ministro Ricardo Lewandowski, é resultado de um longo processo judicial que culminou com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Gilson preencheu pessoalmente os testes de proficiência em português do casal, que possuía uma loja de móveis na capital sul-mato-grossense. Os imigrantes, que residiam no Brasil desde a década de 2000, buscavam a naturalização brasileira.
O esquema foi descoberto após o casal prestar depoimento à polícia, relatando que o próprio policial havia auxiliado na regularização de seus documentos. A perícia realizada em documentos produzidos por Gilson confirmou a autoria da falsificação.
Em sua defesa, o agente alegou que as provas apresentadas pela acusação eram insuficientes e que houve falhas no processo. No entanto, a Justiça Federal considerou os depoimentos de outros servidores da Polícia Federal, que negaram o compartilhamento de senhas para acesso aos sistemas de imigração, e as análises periciais que comprovaram a autoria da falsificação.
Com a perda do cargo, Gilson Moura Castro cumprirá a pena de 2 anos e 4 meses de prisão em regime aberto. O caso serve como um alerta para a importância da integridade dos agentes públicos e demonstra a necessidade de combater a corrupção em todas as esferas.