A mãe, que se encontra sob cuidados médicos, será ouvida novamente pela polícia assim que tiver condições de prestar depoimento.
Uma história que comove e revolta a cidade de Campo Grande ganhou destaque nesta semana. Uma mulher, após dar à luz em casa, confessou ter jogado seu recém-nascido em uma fossa. O caso, que veio à tona na última terça-feira (20), está sendo investigado pela Polícia Civil.
A mulher foi atendida por volta das 19 horas na maternidade da Capital. Ao descobrir os fatos, a médica que atendeu a mulher acionou a polícia. Para os policiais, a mãe contou que há 20 dias entrou em trabalho de parto na chácara onde mora.
Sozinha e sem assistência médica, ela deu à luz no banheiro. Ao verificar o bebê, percebeu que ele não apresentava sinais de vida. Desesperada e sem saber o que fazer, a mãe tomou a trágica decisão de descartar o corpo do recém-nascido em uma fossa próxima.
Após o parto, a mulher procurou atendimento médico em uma maternidade da capital. Ao ser questionada sobre o ocorrido, ela confessou o crime. A equipe médica, chocada com a revelação, acionou imediatamente a Polícia Civil.
A Polícia Civil está trabalhando para esclarecer todos os detalhes do caso. Equipes de investigação foram até a chácara onde ocorreu o parto, mas até o momento o corpo do bebê ainda não foi localizado. Peritos criminais estão realizando buscas no local para encontrar o corpo e realizar a necropsia, que poderá determinar a causa da morte do recém-nascido.
A mãe, que se encontra sob cuidados médicos, será ouvida novamente pela polícia assim que tiver condições de prestar depoimento. As autoridades investigam se a mulher tinha conhecimento da gravidez e se recebeu algum tipo de acompanhamento pré-natal.
O caso gerou grande comoção na cidade de Campo Grande e reacendeu o debate sobre a importância do pré-natal e do parto em ambiente hospitalar. Especialistas alertam para os riscos de realizar partos em casa, principalmente sem acompanhamento médico, e ressaltam a necessidade de que as gestantes busquem assistência médica desde o início da gravidez.
A Polícia Civil irá investigar se a mulher cometeu algum crime ao descartar o corpo do bebê. O caso também pode servir como um alerta para a importância de políticas públicas que garantam o acesso à saúde materna e infantil, especialmente para mulheres em situação de vulnerabilidade.