Quando os criminosos abriram o porta-malas, ele fugiu para o meio do mato e buscou refúgio em uma empresa de reciclagem nas proximidades
Um jovem em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul, escapou por pouco de um “tribunal do crime” e sequestro na noite da última segunda-feira (8). O rapaz, que não teve sua identidade revelada, foi acusado de delatar uma boca de fumo, o que causou prejuízos aos traficantes da região.
Segundo o relato da vítima, um homem conhecido como “Goiano” o atraiu para uma residência. Ao chegar, ele foi levado para outro local onde foi torturado por dois homens, Luiz e outro indivíduo não identificado. Uma mulher, que participava do crime por videochamada de uma penitenciária em Campo Grande, presenciou a tortura e o “julgamento” no “tribunal do crime”, que o condenou à morte.
Após a tortura, a vítima foi amordaçada, teve as mãos e pés amarrados e colocada no porta-malas de um Corsa Sedan preto. No caminho para um local ermo para ser executado, o rapaz conseguiu se desamarrar. Quando os criminosos abriram o porta-malas, ele fugiu para o meio do mato e buscou refúgio em uma empresa de reciclagem nas proximidades.
De lá, ele acionou a Polícia Militar, que o encaminhou para o hospital. A PM realizou buscas na região, mas não localizou os suspeitos. O caso agora está sob investigação da Polícia Civil.
Este caso é um lembrete da brutalidade dos “tribunais do crime” e da violência utilizada por facções criminosas para impor suas regras. É importante ressaltar que esses “tribunais” não possuem embasamento legal e, muitas vezes, são utilizados para intimidar e silenciar vítimas. Espera-se que a investigação traga os responsáveis à justiça.