O homem acusado de matar Paulo Vitor Assumpção de Souza, de 36 anos, se apresentou com advogado à Polícia Civil de Corumbá, nesta segunda-feira (25), a 428 Km de Campo Grande. Ele ficou preso porque a Justiça já havia decretado a prisão temporária dele.
A informação é do delegado Jean Castro, titular do Cartório de Homicídios da 1ª DP. De acordo com a autoridade policial, que informou apenas as iniciais do homem, G.J.M.V.D.S., de 25 anos, em depoimento, ele alegou que “atirou porque estavam agredindo ele e seu tio e que a vítima ia pegar uma arma para matá-lo”. A prisão temporária pode ser convertida em preventiva (sem prazo), posteriormente.
A versão do acusado é confrontada pela esposa de Paulo, que estava com ele no momento em que foi baleado. Segundo ela, o marido nada tinha a ver com a briga, apenas foi apaziguar a confusão. “Teve uma discussão inicial, aí começaram a ‘a lutar’ perto da gente. Meu marido foi apartar e logo vieram pra cima de nós. Até onde eu vi, um foi bater nele e um dos amigos foi defender, aí ele saiu correndo, veio um cara bater nele com pau e quando vimos, tinham dois homens em cima dele e duas mulheres vieram pra cima de mim, com pau também. Percebi que ele estava ficando tonto e saímos correndo, quando o disparo foi feito e o acertou”, contou Julliany Joany da Silva Rodrigues, de 23 anos, a este Diário.
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Paulo foi assassinado na madrugada de quinta-feira (21), atrás do Complexo Poliesportivo, em frente à antiga estação da NOB, durante confusão nas proximidades de um evento. Ele levou um tiro na cabeça e não resistiu ao ferimento.
Após o sepultamento, na sexta-feira (22), a família e amigos foram para a porta da delegacia pedir Justiça.
Ao Diário Corumbaense, o delegado Jean Castro disse que G.J. foi indiciado por homicídio qualificado, que prevê pena de 12 a 30 anos de prisão em caso de condenação judicial. Ainda de acordo com o delegado, depois de formalizados depoimento e outros procedimentos, ele será levado para o Estabelecimento Penal Masculino.
Algumas testemunhas já foram ouvidas e as investigações prosseguem. Há vídeo que registrou a confusão e o momento em que a vítima foi baleada.