No Brasil, estima-se que a indústria cervejeira seja responsável por mais de 2 milhões de empregos
A primeira sexta-feira de agosto é uma data especial para os amantes e produtores de cerveja. A data marca o Dia Internacional da Cerveja, comemorado em mais de 80 países, incluindo o Brasil.
Criada em 2007, nos Estados Unidos, por quatro amigos amantes da bebida alcoólica, a comemoração tem como objetivo celebrar os produtores, consumidores e garçons, os principais protagonistas na experiência de saborear uma boa cerveja gelada. Além do prazer e da socialização que a bebida proporciona, a cerveja desempenha um papel crucial na economia.
Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para cada emprego gerado em uma cervejaria, outros 34 postos de trabalho são criados ao longo da cadeia produtiva. No Brasil, conforme informações do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), estima-se que a indústria cervejeira seja responsável por mais de 2 milhões de empregos. E esse número tende a aumentar, já que a indústria cervejeira cresceu 6,8% em 2023, segundo o Anuário da Cerveja do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
SEM GLÚTEN E SEM ÁLCOOL
As vendas de cervejas sem álcool ou com baixo teor alcoólico devem ultrapassar o volume de 480 milhões de litros no Brasil em 2024, representando um crescimento de 24% em relação ao ano passado, segundo dados da Euromonitor Internacional. Este aumento significativo reflete a crescente relevância da categoria no mercado cervejeiro, tanto no Brasil quanto no mundo. A pandemia de covid-19 impulsionou essa tendência, com o consumo de cervejas zero álcool triplicando nos últimos quatro anos. A expectativa é que, até 2027, o volume anual de consumo chegue a 1 bilhão de litros, impulsionado por jovens com menos de 30 anos que buscam um estilo de vida mais saudável.
Paralelamente, a demanda por cervejas sem glúten também tem crescido consideravelmente no Brasil. Esse aumento é impulsionado por consumidores diagnosticados com doença celíaca e por aqueles que buscam alternativas mais saudáveis ou possuem sensibilidade ao glúten. Cervejarias têm respondido a essa demanda investindo na produção de cervejas sem glúten, atendendo a um nicho de mercado em expansão. A empresa de análise de mercado Fior Markets projeta que o mercado global de cerveja sem glúten atinja 18,7 bilhões de dólares até 2025, com uma taxa de crescimento anual de 16,3%.
A crescente popularidade de cervejas especiais, sem álcool e sem glúten, reflete mudanças nas preferências dos consumidores que priorizam saúde e bem-estar. Gigantes do setor, como AB InBev e Coors, têm investido significativamente nesse segmento, reconhecendo o potencial e a demanda crescente por essas alternativas.