Urnas de 2024 garantiram para candidatas femininas o comando de 13 prefeituras e 20 vices
Até o dia 26 deste mês, será 12 o número de mulheres habilitadas em Mato Grosso do Sul para responder pelas prefeituras de seus municípios nos próximos quatro anos. Mas no dia seguinte, com o 2º turno em Campo Grande, esta conta subirá para 13, logo que for anunciado o resultado final da disputa entre Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil).
Estas eleições produziram uma safra das mais generosas na história das conquistas políticas femininas em Mato Grosso do Sul. Além das 13 prefeitas, estão garantidas 20 vice-prefeitas. É considerável a diferença em relação ao pleito anterior, quando elas ganharam apenas cinco prefeituras e 13 vices.
Atualmente, o Estado tem somente cinco de suas 79 prefeituras sendo governadas por mulheres. Das cinco maiores cidades, só Corumbá e Ponta Porã ainda não estiveram sob gestões femininas. Os corumbaenses acabam de eleger a sua segunda vice-prefeita, Bia Cavassa. A primeira a abrir este caminho foi Márcia Rolon, na gestão do prefeito e hoje deputado estadual, Paulo Duarte (PSB).
NA CAPITAL
Em Campo Grande, Adriane Lopes foi eleita vice-prefeita por duas vezes. Na segunda, quando Marquinhos Trad renunciou para disputar o governo estadual, em abril de 2022, ela assumiu a titularidade. Antes, em 1983, a prefeitura foi chefiada interinamente por uma mulher. Nesta época, prefeito de capital era nomeado pelo governador. Diante da demissão do titular, Heráclito Figueiredo, até definir seu substituto o então governador Wilson Martins cumpriu a Constituição e investiu a presidente da Câmara de Vereadores, Nelly Bacha, que governou por dois meses e seis dias.
Em Três Lagoas, duas mulheres fizeram época na prefeitura: Simone Tebet, atual ministra do Planejamento, e Márcia Moura, cada uma com dois mandatos. Por sua vez, os eleitores de Dourados já tiveram sua experiência com o poder feminino, quando elegeram, em 2016, a prefeita Délia Razuk. Alguns municípios gostam desse tipo de experimento político e por mais de uma vez colocaram as mulheres na prefeitura.
Das 12 prefeitas que saíram das urnas este ano, a mais votada foi Wanderleia Caravina (PSDB), de Bataguassu. Ela é esposa do deputado estadual e ex-secretário de governo Pedro Caravina, que também foi o gestor da cidade em dois mandatos. A segunda mais votada foi Gerolina da Silva Alves, reeleita em Água Clara com 74% dos votos.
As outras eleitas são: Elaine Soligo, em Aral Moreira; Maria Rovari, em Bodoquena; Marcia Schio, em Brasilândia; Maria Portugal, em Caarapó; Niagara Kraievski, em Coronel Sapucaia; Maria Ewerling, em Sonora; Nair Brant, em Douradina; Cileide Brito, em Jateí; Fabiana Lourenci, em Eldorado; e Rosária de Fátima Andrade, em Mundo Novo.