É fundamental que os produtores, as associações de classe e o governo trabalhem em conjunto para acelerar a adaptação dos sistemas de produção e a certificação das propriedade
A decisão da União Europeia (UE) de restringir a exportação de animais fêmeas para o bloco, a partir de 6 de outubro de 2024, representa um novo desafio para o setor pecuário brasileiro. A medida, motivada pela preocupação com o uso de ésteres de estradiol em protocolos de IATF, exige adaptações significativas no sistema de produção e comercialização de bovinos para exportação.
O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) divulgou, nesta quarta-feira (11), o Ofício Circular nº 24/2024, datado de 6 de setembro, onde comunica a decisão da União Europeia, de que somente animais machos poderão ser exportados para a UE até a implementação de protocolo privado visando fornecer as garantias de que as fêmeas nunca foram tratadas, para fins reprodutivos ou zootécnicos, com ésteres de estradiol. A medida entra em vigor no dia 6 de outubro.
A proibição da exportação de fêmeas para a UE visa garantir que os animais destinados ao consumo europeu não tenham sido tratados com substâncias que possam afetar a saúde humana. O estradiol, hormônio utilizado em protocolos de IATF para sincronizar o ciclo estral das fêmeas, está no centro da questão. Embora seja amplamente utilizado no mundo todo e nunca tenha apresentado restrições por parte dos importadores até então, a UE decidiu adotar essa medida de precaução.
É fundamental que os produtores, as associações de classe e o governo trabalhem em conjunto para acelerar a adaptação dos sistemas de produção e a certificação das propriedades.
O uso de tecnologias como a rastreabilidade eletrônica e a capacitação dos produtores são essenciais para garantir o cumprimento das novas exigências.
É importante manter um diálogo aberto com as autoridades europeias para buscar soluções que atendam aos interesses de ambos os lados.