Além de gerar empregos, o empreendimento vai impactar no PIB do Estado
Entrou em operação no último domingo (21) a maior fábrica de celulose da Suzano, resultado do maior investimento do grupo nos últimos 100 anos. Foram R$ 22 bilhões, sendo R$ 15,9 bilhões na construção da unidade em Ribas do Rio Pardo, a 92 km de Campo Grande, e R$ 6,3 bilhões na formação da base de plantio e estrutura logística para escoamento da celulose. O empreendimento vai impactar a economia de Mato Grosso do Sul, que prevê aumento nas exportações na casa dos R$ 5 bilhões anuais, o que representa acréscimo de aproximadamente 3,5% no PIB (Produto Interno Bruto). A fábrica tem capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas por ano.
“A conclusão bem-sucedida do Projeto Cerrado reflete a dedicação e a capacidade de execução de cada pessoa envolvida nesta obra grandiosa e transformacional, e comprova a cultura de excelência que permeia toda a organização, liderada com maestria por Walter Schalka durante os últimos 11 anos”, diz Beto Abreu, recém-nomeado Presidente da Suzano. “Sua visão e ambição levaram a empresa a entregar um projeto dentro do orçamento previsto e que, em todas as etapas, aderiu ao foco central da Suzano em apoiar a sustentabilidade e ter um impacto local positivo”, completa o executivo.
“Mato Grosso do Sul teve nesta semana uma grande vitória no seu posicionamento estratégico no desenvolvimento do Vale da Celulose, com a startup do projeto Cerrado, o início da ligação da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo. Trata-se da maior indústria de celulose de linha única do mundo, então Mato Grosso do Sul é uma referência”, salientou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, que já vislumbra um avanço significativo das exportações.
A unidade de Ribas do Rio Pardo utiliza tecnologia de gaseificação da biomassa nos fornos de cal e, com isso, o uso de combustíveis fósseis ficará restrito aos momentos de partida e retomada de produção. A fábrica também será autossuficiente na produção de ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio e energia verde, com um excedente de aproximadamente 180 megawatts (MW) médios que atenderá os fornecedores satélites da fábrica, além de ser exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa energia de fonte renovável poderia abastecer mensalmente uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes.
AVANÇOS SOCIOECONÔMICOS
A construção da Unidade Ribas do Rio Pardo foi anunciada em maio de 2021 e, no pico da obra, mais de 10 mil empregos diretos foram criados. Com o início das operações, cerca de 3 mil pessoas, entre colaboradores(as) próprios(as) e terceiros(as), passam a trabalhar nas atividades industrial, florestal e de logística da nova unidade.
Este é o maior investimento da história de 100 anos da Suzano, e possui uma série de avanços operacionais e socioambientais, alinhados aos conjunto de metas de longo prazo estabelecidas pela companhia. “A nova fábrica contribui para abrir novas oportunidades de crescimento futuro, no desenvolvimento de produtos inovadores a partir de uma matéria-prima renovável, e fortalece a irreplicabilidade do modelo de negócios da Suzano”, afirma Walter Schalka, que deixou recentemente a presidência da Suzano após uma jornada de 11 anos à frente da companhia.
O empreendimento já proporciona direta e indiretamente uma série de avanços socioeconômicos na cidade de Ribas do Rio Pardo e região. No aspecto ambiental, a fábrica possui o menor raio médio estrutural da base florestal entre as operações da Suzano, com um total de 65 quilômetros entre as áreas de plantio e a fábrica, inferior ao raio médio estrutural de 150 quilômetros. Essa característica única alcançada no projeto minimiza os custos logísticos e o impacto associado ao transporte da celulose.
EMPREGOS
Além de ter gerado mais de 10 mil empregos diretos no pico da obra e milhares de outros indiretos, movimentando toda a cadeia econômica local, a construção da nova fábrica contribuiu com a qualificação de mão de obra local, incluindo mais de 1,3 mil pessoas capacitadas para as operações industriais, florestais e logísticas da Suzano, além de cerca de 300 pessoas para o mercado de trabalho local nos setores de comércio e serviços, em parceria com o Senai e o Senac.
Adicionalmente aos recursos destinados à construção da fábrica, da estrutura logística e da formação da área de plantio que abastecerá a fábrica com eucalipto, a Suzano investiu mais de R$ 300 milhões em um amplo conjunto de iniciativas, incluindo a construção de unidades de moradia e centro médico, melhorias na infraestrutura local e apoio a projetos sociais.
Parte do Plano Básico Ambiental (PBA), o Programa de Infraestrutura Urbana aprovado em 2021 por representantes do poder público e da sociedade civil compreende 21 projetos nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social, habitação e segurança pública. As principais entregas incluem a ampliação do Hospital Municipal e as construções de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), de uma Casa de Acolhimento, de uma Delegacia de Polícia Civil e de uma Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF).