O dólar opera com leve queda nesta segunda-feira (28), se mantendo abaixo do patamar de R$ 4,75. Às 9h07, a moeda norte-americana caía 0,20%, cotada a R$ 4,7370.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda pela oitava sessão seguida, com baixa de 1,77%, a R$ 4,7466 – menor patamar de fechamento desde 11 de março de 2020 (R$ 4,7215). Com o resultado, passou a acumular queda de 7,94% na parcial do mês. No ano, tem baixa de 14,86% frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, os preços do petróleo recuaram 4% nesta segunda-feira, com os confinamentos impostos em Xangai para tentar reduzir a curva de contágio da Covid-19 alimentando preocupações de fraca demanda e de desaceleração econômica na China, com os investidores de olho também nas negociações de paz com a Rússia marcadas para esta semana na Turquia.
Apesar do recuo nas últimas semanas, o petróleo ainda acumula um salto de cerca de 50% no ano.
Países exportadores de commodities, vistos como menos vulneráveis às tensões geopolíticas, como os da América Latina, incluindo o Brasil, têm se beneficiado da disparada dos preços de produtos como o petróleo e grãos.
Os juros em patamares elevados no Brasil e o diferencial em relação aos juros nos EUA e outras economias também têm contribuído para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real em 2022. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.
A taxa básica de juros saiu de uma mínima histórica de 2%, atingida durante a pandemia, para os atuais 11,75%. E a taxa deve continuar a subir, atingindo 12,75%, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio, segundo sinalização do Banco Central.