Os trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul seguiram a tendência da maioria das assembleias realizadas no país e deliberaram pela continuidade da greve no estado. Nova assembleia será realizada na segunda-feira, 8, para avaliar a contraproposta da empresa.
Segundo a presidente do sindicato, Elaine Regina Oliveira, a proposta precisa ser bem avaliada pelos trabalhadores da capital e do interior que aderiram ao movimento e até lá a paralisação continua, assim como em todo país.
“Esperamos que a empresa avance na sua proposta, pois é fato que a greve causou impacto no funcionamento dos Correios em nível nacional. Estamos abertos ao diálogo, mas tem que existir da parte da direção da ECT e do governo essa disposição também. Não estamos numa greve para obter um maior salário ou mais benefícios. Nossa luta é contra o plano de demissão de trabalhadores concursados, contra o desmonte da estrutura dos Correios com fechamento de agências, pelo respeito ao acordo coletivo vigente, entre outras reivindicações”, diz a dirigente sindical.
MANOBRA
O sindicato denuncia a manobra que a empresa está fazendo para tentar furar a greve no interior. “A direção da ECT alega não ter dinheiro sequer para pagar férias dos funcionários e suspendeu já faz um tempo a convocação de carteiros para trabalharem aos sábados para não pagar hora-extra, no entanto, agora encontrou recurso para deslocar funcionários para o interior do estado – pagando diárias – para abrir agências onde a paralisação é total. Repudiamos essa manobra, que aliás contradiz o discurso da crise financeira da empresa”.