A metodologia do trabalho a ser desenvolvido para avaliar a vulnerabilidade de organizações públicas ao risco de ocorrência de fraude e corrupção foi apresentada na última semana pelo secretário de controle externo do TCU do Estado de Mato Grosso do Sul, Tiago Modesto Carneiro Costa, e o auditor federal e coordenador do trabalho, Júlio Marcelo da Silva, no auditório da Escoex, a representantes de órgãos federais, estaduais e municipais.
A auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União está na fase de planejamento desde junho de 2017 e deve começar a ser executada até o início de outubro, segundo o coordenador do trabalho, Júlio Marcelo da Silva. “Estamos na fase de sensibilização dos agentes envolvidos. Todos os órgãos públicos federais, estaduais, municipais, agências reguladoras, forças armadas e sistema S serão auditados. Esse é um trabalho piloto da Secretaria do TCU em Mato Grosso do Sul que pretendemos expandir para todo o País”. Júlio lembrou ainda os fatores que influenciam a ocorrência de fraudes como a pressão, a oportunidade, a racionalização e a capacidade, destacando ainda o orçamento anual do Estado – 15 bilhões de reais.
O trabalho, que deve ser concluído até maio de 2018, levantará ainda as medidas preventivas e o código de ética adotado pelos órgãos passando pelas formas de prevenção, detecção, investigação, correção e monitoramento dos problemas. O secretário de controle externo do TCU do Estado de Mato Grosso do Sul, Tiago Modesto Carneiro Costa, afirmou que o desejo é que o trabalho seja muito útil. “Não queremos ficar apenas no diagnóstico. Nossa diretriz agora é transformar realidades. O TCU agora não quer apenas o diagnóstico; não vamos parar enquanto não resolvermos os problemas definitivamente. É esse compromisso que queremos firmar aqui hoje com os senhores”.
Cinco auditores já estão auxiliando o TCU na fase do planejamento do trabalho a ser realizado no Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. O diretor geral do TCE-MS, Eduardo dos Santos Dionizio, destacou a importância da colaboração dos órgãos de controle para o sucesso da aplicação dessa metodologia. “O produto de todo esse trabalho vai permitir que os órgãos de controle e os órgãos gestores busquem soluções conjuntas para a solução dos problemas detectados. É uma diretriz da atual gestão, sob a presidência do conselheiro Waldir Neves, que nós ajamos preventivamente porque o dano depois de causado, dificilmente é passível de recuperação”. Eduardo Dionizio concluiu afirmando que esse trabalho vem de encontro ao que já vem sendo feito pelo TCE-MS e enfatizou que “se pudermos de forma prática e objetiva nos antecipar ao dano, estaremos dando uma grande contribuição para a sociedade”.