De acordo com a publicação do Diário Oficial nº 9.964, de 14 de agosto de 2019, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) contratou a empresa ‘Um Projeto e Construções’ para realização de obras estruturais no prédio histórico conhecido como Castelinho, situado em Ponta Porã, distante 338 quilômetros de Campo Grande.
A empresa contratada realizará “serviço de cimbramento”, nome dado ao conjunto de estruturas que servem para suportar o peso do concreto fresco, até que ele seque e possa se sustentar sozinho.
Em fevereiro de 2014, o deputado estadual Zé Teixeira – atual 1º secretário da Assembleia Legislativa – reivindicou, por meio de Indicação (Protocolo – 0413/14), a restauração do antigo prédio do 4º Batalhão de Polícia Militar, conhecido como “Castelinho”, tombado como patrimônio histórico e cultural do Estado e localizado na Avenida Brasil, em Ponta Porã.
Para o parlamentar, esta reivindicação trata de um projeto de investimento na área cultural do município, com o intento de socialização e incentivo à cultura. “O Castelinho representa muito mais do que um edifício velho para Ponta Porã, faz parte da história da cidade, e rejeitar a história é rejeitar a própria identidade”, afirmou o deputado.
O deputado salienta a importância desta conquista. “Garantimos assim mais incentivo ao turismo e cultura de nosso Estado”, pondera.
HISTÓRIA
Construído entre 1926 e 1930, durante o governo de Mário Correia, para abrigar o Quartel da Força Pública Estadual, o Castelinho é considerado um monumento histórico, tem sua planta baseada nos projetos dos antigos edifícios neoclássicos, marcado por um frontão estilizado, pináculos e platibanda escalonada, teve parte de sua obra financiada pela Companhia Erva Mate Laranjeira e reformado uma única vez no governo de Wilson Barbosa Martins, no ano de 1985.
Tombado como patrimônio histórico do Estado de Mato Grosso do Sul em 2008, o prédio se destacava por seu estilo e imponência, recebeu figuras importantes da sociedade fronteiriça e política, servindo até de sede do Governo de Getúlio Vargas nos anos 40, e hoje encontra-se com sua estrutura praticamente toda comprometida, deteriorada pela ação do tempo, permanecendo em ruínas.
Zé Teixeira ressalta que a classe artística da terra também será beneficiada com um espaço adequado à prática de habilidades relacionadas à percepção da cultura, sejam folclóricas ou regionais, valorizando, incentivando e divulgando ainda mais a cultura sul-mato-grossense.