Representantes da Energisa, concessionária dos serviços de abastecimento de energia elétrica em Mato Grosso do Sul, reuniram-se quarta-feira, 11, com a Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Assembleia Legislativa para explicar como foi feito o cálculo das tarifas que estão sendo aplicadas este ano. A revisão tarifária é um procedimento regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e está prevista no contrato de concessão da empresa, onde as regras foram previamente definidas para a metodologia adotada no cálculo dos reajustes.
Os deputados Júnior Mochi (MDB) e Paulo Corrêa (PSDB), presidentes da AL-MS e da Comissão, entendem que a sociedade tem direito de fazer a reclamação, o Legislativo de dar eco a esta voz e a empresa de apresentar suas justificativas. Em Mato Grosso do Sul, o percentual liberado pela Aneel foi de 9,87% a partir de 8 de abril deste ano.
“O que representa para o consumidor, o efeito médio de 10,65% nas residências, que são de baixa tensão, e de 7,91% nas indústrias, que corresponde a alta e média tensão”, argumentou o diretor-presidente da Energisa, Marcelo Vinhaes. Ele ressaltou que a cada R$ 100 que o consumidor paga, equivale a 73,7% de custos, que são repassados para terceiros, e 26,3% é percentual que empresa lucra, mas que deste montante também é utilizado nas despesas da empresa.
“A energia aqui no Estado é a segunda de menor valor no país, e não podemos nos comparar com a de Minas Gerais, por exemplo, que tem outra estrutura e que até o momento está com um reajuste mais alto que Mato Grosso do Sul”, considerou Vinhaes. Para o deputado Paulo Corrêa, a reunião e as explicações foram satisfatórias.
“A revisão tarifária acontece de cinco em cinco anos e para nós é importante tomarmos ciência todo o processo, de como foram realizados os investimentos da Energisa. Ficamos felizes que os consumidores da área rural foram atendidos”, acentuou o parlamentar.
MAIS BARATA
Por meio de um levantamento da Energisa, 230 mil unidades consumidoras de Mato Grosso do Sul poderiam ser beneficiadas em até 65% na tarifa que pagam. Atualmente, apenas 131 mil unidades usufruem da energia mais barata oferecida por esse plano. A Energia aconselha: para saber se a sua casa é uma das 99 mil unidades consumidoras que ainda não realizaram o cadastro na empresa para a tarifa social da energia elétrica, basta acessar a página da concessionária na Internet.