Animais foram vistos acasalando em fazenda do Pantanal de Mato Grosso do Sul
Casais de cobras foram flagrados se enroscando na Fazenda San Francisco, no Pantanal de MS. O vídeo foi gravado por uma equipe do Projeto Jaguatiricas durante trabalhos de campo.
De acordo com o Projeto Jaguatiricas, o caso trata-se do chamado “dimorfismo sexual”, em que algumas espécies apresentam fêmeas bem maiores que os machos, tornando possível identificar que são “casais namorando”.
No vídeo, as cobras “namorando” são conhecidas como surucucu-do-Pantanal (Hydrodynastes gigas). Essa é uma serpente da família Colubridae, que pode atingir até 3 metros de comprimento.
Ela possui hábitos semiaquáticos, é ativa durante o dia e se alimenta de peixes, anfíbios e pequenos roedores.
É também chamada pelos pantaneiros de “jaracuçu-do-brejo”, embora esse nome também seja atribuído a outra espécie de grande porte (Mastigodryas bifossatus) encontrada no Pantanal.
Apesar dos nomes populares, não é uma serpente peçonhenta. Quando se sente ameaçada, achata o pescoço e faz investidas agressivas para se livrar do perigo.
Já na imagem, aparecem jiboias (Boa constrictor), outra serpente não peçonhenta de grande porte (que pode atingir até 4 metros) encontrada em áreas de mata no Pantanal.
Essa espécie é semi-arborícola e mais ativa à noite. Alimenta-se de pequenos e médios mamíferos (ratos, marsupiais, cutias), aves e lagartos, que mata por constrição, ou seja, sufoca as presas ao se enrolar nelas.
A jiboia pertence à família Boidae (a mesma das sucuris) e, como todas as espécies dessa família, as fêmeas dão à luz, em vez de botar ovos.