Prefeita Adriane Lopes apresentará nova proposta à categoria na quarta-feira
Após assembleia geral, realizada na manhã desta segunda-feira (12), os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande (MS) marcaram para a próxima quinta-feira (15) uma nova paralisação. Eles não pretendem aceitar propostas abaixo dos 10,39% de correção salarial, prevista na Lei do Piso de 20 horas semanais.
Na reunião de hoje, foi apresentada a proposta enviada pela prefeita Adriane Lopes (Patriotas), mas não foi aprovada pelos professores presentes na sede do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP).
Conforme a assessoria da ACP, a prefeita demonstrou ter entendido a reivindicação dos profissionais e que deve se reunir com o Executivo Municipal e os vereadores, para apresentar uma nova proposta na quarta-feira (14).
É importante lembrar que o movimento de paralisação teve início no dia 02 de dezembro, quando professores realizaram passeata da sede do ACP, na rua Sete de Setembro, até à Prefeitura de Campo Grande.
Impasse no reajuste salarial
Segundo o ACP, a correção salarial está prevista em lei municipal e deveria ser aplicada de forma escalonada, 5,03% em abril (já cumprido), 10,39% em novembro e 4,78% em dezembro. A rede municipal de ensino conta com 108 mil alunos.
Em contrapartida, o município propôs o pagamento de 4,7% no salário de dezembro, segundo o cronograma que inclui todos os outros servidores da prefeitura. Além disso, a administração ofereceu um auxílio alimentação de R$ 400 para os professores com jornada de 40h semanais, e proporcionalmente, R$ 200 para os profissionais com jornada de 20h. A categoria rejeitou a proposta.
No dia 25 de novembro os professores fizeram um protesto na frente da prefeitura de Campo Grande para pedir que o acordo de reajuste salarial feito com o antigo prefeito, Marquinhos Trad (PSD), fosse cumprido. No dia 29 de novembro as aulas foram paralisadas novamente na rede municipal.
A Prefeitura de Campo Grande entrou com uma ação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), na quinta-feira (1º), contra a greve dos professores, mas a Justiça os pedidos de reconsiderações.
A prefeitura alega que a greve é ilegal, pois o Executivo apresentou uma contraproposta, assim como as negociações não esgotaram.