Acampados na frente do Paço Municipal, os Guardas Municipais se sentem desmoralizados pela administração e ainda comentam que logo servidores da Educação é médicos também vão a prefeita nos próximos dias
Os dias passam e a prefeitura de Campo Grande não consegue atender os servidores. Após quase um mês de discussões entre SindGM/CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande) e Prefeitura de Campo Grande sem chegarem em um acordo, audiência de conciliação deverá ser marcada para que o impasse seja resolvido.
Pedido da defesa da GM, assinado pelo advogado Márcio Souza de Almeida e Luan Cacique da Silva Palermo é que seja marcada pela Justiça audiência de conciliação. “(…) pugna-se para designação de audiência de conciliação entre as partes, bem como seja a presente procuradoria do município de Campo Grande intimada para se manifestar a respeito do presente pedido”.
A categoria segue acampada em frente ao Paço Municipal, no canteiro da Avenida Afonso Pena, como forma de protesto, já que foram proibidos de fazer greve. A manifestação começou na última segunda-feira (18).
Contudo nesta, quarta-feira (27), o presidente do Sindicato, Hudson Bomfim, declarou que a prefeita não fez nenhum movimento em direção ao pleitos dos Guardas. “Estamos cobrando que a legislação seja cumprida. Acampar aqui não significa nada fisicamente, mas moralmente é uma decepção, Campo Grande foi eleita uma das cidades mais seguras, graças em muito pelo nosso trabalho e somos tratados assim com desrespeito”, afirmou.
“Queremos a solução de três demandas: regulamentação dos plantões, pagamento da periculosidade de 30% a 50% e reenquadramento das categorias. Quando ela assumiu tem o bônus e o ônus, tem que sentar com a gente e cumprir a Lei, se não fizer isso é melhor sair, até entrar um prefeito que de fato queira resolver a questão”. ressaltou.
O Sindicalista ainda não viu nenhum movimento da administração municipal no sentido de dar uma folga no caixa da prefeitura. “Não adianta aumentar a receita, se o limite prudencial não abaixa, não vemos a prefeita Adriane Lopes reduzir os cargos de comissão, daqui uns dias servidores da Educação e o médicos vão protestar também, e aí, será que eles vão ter que acampar aqui”, diz.
Para Hudson Bonfim, o Sindicato luta pelos direitos da categoria, “Somos uma entidade institucional, que vai ficar enquanto os prefeitos passam, o que queremos é reconhecimento pelo nosso serviços, tivemos um reajuste de 5% enquanto a inflação dos últimos doze meses ultrapassou 12%”, calculou.
Os guardas recebem o valor fixo de R$ 168 por plantão de 12h. Conforme a legislação, os guardas de primeira classe deveriam receber R$ 271,97 por plantão. E os de segunda classe R$ 230,20.
“Vamos continuar aqui, até que a Lei seja cumprida, fazemos a nossa parte todos os dias e a administração tem o dever constitucional de fazer a dela”, finalizou o presidente do Sindicato.