A missão humanitária brasileira é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores. Fazem parte 37 bombeiros militares da Força Nacional de Segurança Pública
Na segunda-feira (09), o Ministério da Justiça tornou oficial o envio de uma missão humanitária para apagar incêndios na Bolívia, em região próxima à fronteira com Mato Grosso do Sul. Hoje (11), brigadistas brasileiros estão em combate no país vizinho enquanto uma linha de fogo preocupante segue aumentando.
Na direção em que avança, ela ameaça chegar às terras dos indígenas guatós, a uma comunidade ribeirinha e à Serra do Amolar, área protegida no Pantanal sul-mato-grossense. Esse alerta foi divulgado no domingo (15), pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro), organização de Mato Grosso do Sul.
O IHP mantém uma brigada voluntária, a Alto Pantanal. Seus combatentes estão auxiliando o trabalho transfronteiriço com a abertura de linhas de defesa contra incêndio na vegetação do lado brasileiro, na Serra do Amolar. “O fogo segue crescendo numa escala assustadora”, atualizou hoje, o presidente da organização, Ângelo Rabelo.
Na Bolívia
A missão humanitária brasileira é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores. Fazem parte 37 bombeiros militares da Força Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, e 25 militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Os primeiros agentes foram para a Bolívia em 05 de setembro. Eles atuam desde então junto às forças bolivianas.
Brigadistas do Prevfogo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), além do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e membros do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima participam da ação.
“Além de contribuir para combater os incêndios no lado boliviano da fronteira, a missão conjunta tem caráter preventivo, para evitar que novos focos de incêndio atinjam o território brasileiro”, diz trecho de nota ministerial divulgada na segunda-feira.
No início de agosto, o governo boliviano pediu ajuda ao Brasil para enfrentar incêndios florestais que atingem o país. Antes disso, o fogo havia cruzado a fronteira com Mato Grosso do Sul duas vezes, pelo menos.