A 1ª Vara da Comarca de Corumbá julgou parcialmente procedente o pedido formulado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul e condenou o ex-prefeito do município de Ladário Carlos Anibal Ruso Pedroso, a Secretária Municipal de Administração da época Andressa Moreira Anjos Paraquett, o então Secretário Municipal de Educação Helder Naulle Paes dos Santos, além dos ex-vereadores Augusto de Campos (Gugu), Lilia Maria de Moraes, Paulo Rogério Feliciano Barbosa, Osvalmir Nunes da Silva (Baguá), André Franco Caffaro (Dedé), Agnaldo dos Santos Silva Junior (Magrela) e Vagner Gonçalves pelos crimes de crimes de associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, decorrentes de esquema popularmente conhecido como “mensalinho”.
De acordo com os autos, o então Chefe do Executivo municipal pagava cerca de R$ 3 mil para os 7 vereadores, que tinham o direito de indicar pessoas para ocupar cargos na administração pública em troca de apoio e votação favorável na Câmara Municipal.
Na sentença, o Juiz de Direito Idail De Toni Filho fixou uma pena de 9 (nove) anos e 10 (dez) meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, para o ex-prefeito. Já os demais réus foram sentenciados a uma pena que, se somadas, ultrapassam os 60 anos de reclusão. A Justiça determinou, ainda, a perda dos cargos públicos e mandatos eletivos exercidos pelos réus.
Relembre o caso
Em 2018, por determinação do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado – GAECO/MPMS cumpriu mandados de prisão preventiva em desfavor do Prefeito Municipal à época, do Secretário Municipal e dos 7 (sete) vereadores, em Ladário. Já em 2019, O GAECO, em conjunto com a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Corumbá, deflagrou a OPERAÇÃO TERRA BRANCA II, com o fim de dar cumprimento a 4 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão da organização criminosa que atuou na Secretaria de Assistência Social do Município de Ladário, no período de janeiro de 2017 a outubro de 2018.