Das 79 cidades do estado, 32 têm pelo menos um foco de calor ativo nas últimas 48 horas. Municípios em áreas de Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal são afetadas diretamente. Corumbá lidera o ranking com 97 pontos de incêndios
O fogo se alastra por todas as regiões de Mato Grosso do Sul. Das 79 cidades, 32 registraram focos de incêndios nas últimas 48 horas. Ao todo, o estado tem 389 pontos de calor ativos. Os dados são do sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) BDQueimadas.
Corumbá, na região do Pantanal, lidera o ranking com mais focos de incêndio em Mato Grosso do Sul, são 97 pontos de calor. Depois, Porto Murtinho, com 45, e Jateí, ao sul do estado, com 41. Desde junho deste ano, 12 cidades do estado estão em situação de emergência por causa dos incêndios florestais. Veja a lista com as 10 cidades com mais focos abaixo:
- Corumbá: 97 focos;
- Porto Murtinho: 45 focos;
- Jateí: 41 focos;
- Água Clara: 23 focos;
- Rio Negro: 19 focos;
- Aquidauana: 18 focos;
- Itaquirai: 16 focos;
- Terenos: 13 focos;
- Naviraí: 12 focos;
- Aparecida do Taboado: 10 focos.
No sul, Ponta Porã (MS) – que fica na fronteira entre Brasil e Paraguai – já está encoberta de fumaças de incêndios vindos do país vizinho. Em Miranda, no Pantanal, as chamas assustam até os bombeiros, que estão acostumados com o combate ao fogo.
Em Sidrolândia, moradores do Assentamento Santa Mônica foram surpreendidos pela força do vento e o fogo. Faíscas levaram as chamas para propriedades rurais nessa quarta-feira (11). Nesta quinta (12), produtores ainda tentam apagar as chamas com ajuda de brigadistas. Na semana passada, todo o estado ficou encoberto pelas fumaças dos incêndios.
O que antes era uma preocupação apenas no Pantanal, tem tomado proporções maiores. A escalada dos incêndios é veloz por todo Mato Grosso do Sul e assusta moradores. Segundo especialistas, a seca severa e falta de chuva têm aumentando a propagação das chamas.
Ao todo, quatro cidades do estado não registram chuvas há mais de 100 dias. Chapadão do Sul (MS) é a cidade mais afetada, com 150 dias sem chuva, seguido por Paranaíba (MS), com 149 dias sem precipitações. Na terceira posição aparece Cassilândia (MS), com 147 dias, e Costa Rica (MS), com 109.