Decisão é devido às baixas profundidades excepcionais neste período de escassez hídrica
A declaração de situação de emergência na hidrovia do Rio Paraguai pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é um indicativo da gravidade da seca que afeta a região. Essa medida tem diversas implicações para a economia, a sociedade e o meio ambiente.
“Com prognóstico de agravamento, impactando a segurança à navegação, com risco iminente de interrupção do tráfego de cargas no rio e incremento relevante de tráfego pesado na rodovia BR-262/MS, aumentando o risco à vida humana e animal”. Com situação de emergência, o órgão pode dispensar licitação para obras.
A hidrovia corta metade da América do Sul, desde Cáceres, em Mato Grosso, até Nova Palmira, no Uruguai. O trecho brasileiro vai até a confluência com o Rio Apa e tem 1.272 km de extensão. É uma importante via de transporte de minérios, produtos agrícolas e grãos. Em Mato Grosso do Sul, as maiores cidades na área de influência são Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana e Porto Murtinho.
Desde o dia 13 de maio, a Região Hidrográfica do Paraguai está em situação crítica de escassez, declarada pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e que deve se estender até 31 de outubro, podendo ser prorrogada, caso o problema persista.
A redução do nível das águas dificulta a navegação de embarcações de grande porte, comprometendo o transporte de grãos, insumos agrícolas e outros produtos, o que pode levar à escassez de produtos e ao aumento dos preços.
A hidrovia do Rio Paraguai é utilizada para o transporte de insumos para as usinas hidrelétricas, e a redução do nível das águas pode afetar a geração de energia elétrica na região.
A seca prolongada pode comprometer o abastecimento de água para as cidades e comunidades ribeirinhas, causando problemas de saúde pública e afetando a agricultura.
A redução do nível das águas pode afetar a biodiversidade aquática e a qualidade da água, além de aumentar o risco de incêndios florestais.
A dragagem de trechos críticos da hidrovia pode permitir a navegação de embarcações de menor porte, garantindo um mínimo de transporte de cargas.
É fundamental implementar medidas de racionamento de água para garantir o abastecimento das cidades e comunidades mais afetadas.
O nível das águas precisa ser monitorado constantemente para que medidas emergenciais possam ser tomadas em tempo hábil.
É necessário investir em infraestrutura para garantir o abastecimento de água em períodos de seca prolongada, como a construção de reservatórios e a recuperação de nascentes.
É fundamental conscientizar a população sobre a importância da economia de água e sobre as medidas que podem ser adotadas para reduzir o consumo.