Projeto estima R$ 8,7 bilhões em capital privado na concessão de 870 km pelo período de 30 anos
A duplicação da rodovia proporcionará um tráfego mais fluído e seguro, reduzindo o número de acidentes e congestionamentos.
A rodovia BR-262 é um importante corredor de escoamento da produção agrícola e industrial da região, e sua duplicação pode estimular o desenvolvimento econômico local, atraindo novos investimentos e gerando empregos.
Com a melhoria da infraestrutura, as empresas poderão reduzir seus custos de transporte, tornando seus produtos mais competitivos no mercado.
O pedágio de R$ 15,20 representará um aumento nos custos de transporte para a população e para as empresas que utilizam a rodovia, o que pode impactar o preço final dos produtos.
A cobrança de pedágio pode gerar insatisfação entre a população, especialmente entre aqueles que utilizam a rodovia com frequência, como trabalhadores e estudantes.
É fundamental que sejam realizados estudos detalhados sobre o impacto socioeconômico do pedágio, a fim de garantir que os benefícios da duplicação superem os custos para a população.
O estudo feito a pedido do Governo do Estado para embasar a concessão da chamada Rota da Celulose, que compreenderá a rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267, no lado leste de Mato Grosso do Sul, prevê a duplicação de um trecho de 116 quilômetros, entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, especificamente até à fábrica da Suzano, após o posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Também está previsto pedágio entre R$ 4,70 e R$ 15.20, dependendo da região. O valor mais alto será cobrado em Ribas.
Conforme o texto publicado no DOE (Diário Oficial do Estado), o projeto total prevê 116 km de duplicações, 457 km de acostamentos, 251 km de terceiras faixas, 12 km de via marginal e 82 dispositivos em nível para proporcionar mais segurança. Inclui ainda a prestação de serviços aos usuários por meio de 49 veículos operacionais, entre eles ambulâncias, guinchos, combate a incêndios, desobstrução de pistas e inspeção para controle do tráfego.
Estão estimados R$ 8,7 bilhões em capital privado na concessão de 870 quilômetros pelo período de 30 anos, cujo objetivo é ampliar e antecipar investimentos em infraestrutura para a melhoria da malha viária.
O texto considerou a predominância da produção agropecuária, o parque industrial da região formado por indústrias de celulose, produtos de papel e papelão, de construção, frigoríficas e de produtos de carne, sucroenergéticas, metalomecânicas e o aumento de fluxo de veículos projetado para os próximos anos pela expansão socioeconômica da região Leste.
O sistema rodoviário a ser concedido inclui os principais corredores que ligam a Capital à região Sudeste do país, passando por nove municípios sul-mato-grossenses e compreende os seguintes trechos: MS-040, de Campo Grande a Santa Rita do Pardo; MS-338, que liga Santa Rita do Pardo a Bataguassu; e MS-395, de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267, além da BR-262, ligando Campo Grande a Três Lagoas e BR-267 de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul, totalizando 870,4 km.
Propostas serão recebidas entre hoje (7) a 6 de setembro, e ajudarão a orientar o projeto de concessão destinado à operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade do sistema rodoviário.
A próxima fase será de audiência pública, a ser realizada na última semana de agosto. Em seguida, para publicação do edital de licitação em setembro e finalmente a realização do leilão na Bolsa de Valores, previsto para dezembro.