Acidente ocorreu no anel viário de Dourados; repórteres foram ameaçados de agressão e expulsos do local
O caso do ciclista atropelado e o consequente bloqueio da rodovia por indígenas levanta diversas questões importantes sobre segurança viária, direitos indígenas e a relação entre diferentes grupos sociais.
Ciclista ainda não identificado morreu após ser atropelado por uma caminhonete Toyota Hilux branca por volta de 11h desta terça-feira (30) no anel viário de Dourados, a 251 km de Campo Grande. A rodovia separa a Reserva Indígena do perímetro urbano.
A reação dos indígenas, com o bloqueio da rodovia, demonstra a importância de que seus direitos sejam respeitados e de que eles sejam ouvidos em relação às questões que afetam suas comunidades. A morte da ciclista, que também era indígena, pode ter acentuado o sentimento de insegurança e a necessidade de reivindicar medidas para garantir a segurança de seus membros.
Equipes da Polícia Militar e da PMR (Polícia Militar Rodoviária) foram para o local. De acordo com as primeiras informações, a caminhonete, com placa de Chapecó (SC), seguia em direção à Avenida Guaicurus.
Perto da distribuidora de bebidas Conti, o ciclista teria cruzado a rodovia e foi atingido pela Hilux. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas, mas o indígena morreu antes de ser socorrido.
As quatro pessoas que estavam na caminhonete tiveram de ser retiradas no local pelos bombeiros para não serem agredidas. Os manifestantes também ameaçaram colocar fogo na Hilux, mas a chegada de reforço policial impediu o incêndio.
O anel viário liga a BR-163 à MS-156 e à Avenida Guaicurus, na região norte do município. A via foi construída para desviar o tráfego de caminhões da área central e passa ao lado das aldeias Bororó e Jaguapiru e de áreas ocupadas pelos indígenas que reivindicam a ampliação da reserva. Os acidentes com mortes são frequentes.