O Ministério da Saúde ainda afirma que o cuidado também pode se estender “a família e os amigos do paciente com transtorno de jogo
A dependência em jogos, cada vez mais comum, está preocupando as autoridades de saúde em Campo Grande. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) registrou um aumento significativo de casos nos últimos meses e, em resposta, ampliou o acesso ao tratamento para esses pacientes. Todas as unidades de saúde da capital estão preparadas para atender pessoas com esse tipo de transtorno, oferecendo acompanhamento psicológico e psiquiátrico.
A dependência em jogos, antes considerada um problema restrito a cassinos e bingos, tem se mostrado cada vez mais presente no dia a dia, com o fácil acesso a jogos online e aplicativos de apostas. Em Campo Grande, a situação não é diferente. Nos últimos oito meses, 42 pessoas buscaram ajuda nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) para tratar o vício em jogos.
Diante desse cenário, a Sesau emitiu uma nota técnica orientando as unidades de saúde sobre como identificar e tratar o transtorno de jogo. Segundo a coordenadora de Saúde Mental, Gislayne Budib, os casos leves podem ser tratados na atenção primária, enquanto os mais graves necessitam de acompanhamento especializado nos CAPS.
Os casos leves do transtorno podem ser tratados na atenção primária da Saúde, assim como as comorbidades que acometem os pacientes, já os casos mais graves devem ser tratados nos CAPs, que têm mais condições de acompanhamento”, frisa a coordenadora de Saúde Mental, Gislayne Budib.
A nota enviada possui orientações sobre os cuidados durante o enfrentamento do problema. Entre eles, é citado o “atendimento por equipe multiprofissional e compartilhado entre atenção primária da saúde e atenção especializada com consultas individuais e em grupo”.
O Ministério da Saúde ainda afirma que o cuidado também pode se estender “a família e os amigos do paciente com transtorno de jogo […], até mesmo para a implementação de estratégias necessárias para enfrentar o problema”.
Ainda é divulgado que demonstração de angústia e enfrentando dificuldades na escola, no caso de crianças e adolescentes; desempenho reduzido nos estudos ou no trabalho; mudança nos padrões de sono, alimentação ou relacionamento sexual, podem ser considerados sinais de alerta.
Ainda é preciso observar se há sentimentos de raiva, desesperança, solidão, desvalia; isolamento social; ideação suicida; ter menos tempo ou dinheiro para gastar com outras atividades prazerosas, família e amigos; aumento do consumo de álcool e outras drogas; sentimento frequente de culpa, arrependimento, insegurança, vergonha; mentir sobre o tempo e/ou o dinheiro que gasta com o jogo.