Carnaval abre o Calendário Oficial, que terá no ano 5 mil artistas e mais de uma centena de eventos
Não fazer da cultura e dos agentes culturais instrumentos políticos ou ideológicos, mas respeitá-los e reconhecê-los como principais responsáveis pela produção livre da capacidade criativa e da garantia de um dos direitos básicos da população. Este é o conceito central com que o governo de Mato Grosso do Sul trabalha a política publica para o setor, segundo destacou o secretário estadual de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), Marcelo Miranda, ao anunciar com o governador Eduardo Riedel (PSDB) o “MS Cultural” e o Calendário de Eventos 2024, na segunda-feira, 05, em concorrida solenidade que lotou o Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo.
Artistas e operadores das diversas áreas e ocupações culturais foram prestigiar o evento. Além de contemplar os 79 municípios com mais de 100 atrações e ao menos cinco mil artistas, a programação inclui investimentos em revitalização e restauração de espaços e equipamentos. “O governador nos determinou a missão: com austeridade, democratizar os recursos da cultura e buscar projetos inovadores. E fazer isto sempre valorizando o que está consolidado e ouvindo os fazedores de arte e cultura. E ainda gerando empregos e novas oportunidades de renda”, frisou Miranda.
O presidente da Fundação de Cultura (FCMS), Eduardo Mendes, assegurou que as iniciativas não se esgotam na programação do calendário. “Os projetos e programas lançados terão os recursos e insumos necessários. Não significa, porém, que as iniciativas se esgotam aí. Somos também um núcleo efervescente de criatividade”, disse.
Miranda e Mendes salientaram que os investimentos vão chegar aos barracões das escolas de samba, palcos, estúdios, sets de filmagens, centros culturais, galerias, ateliês, oficinas, cursos formativos, restauração do patrimônio histórico, artes cênicas, dança, moda e design, cinema, música, arte de rua, artesanato, memória histórica e outras especialidades. A planilha de obras prevê restaurações do Castelinho de Ponta Porã; Museu de Arte Contemporânea; Vagão do Trem do Pantanal; Igreja de São Benedito; o antigo Labcen (vai abrigar o Arquivo Público Estadual); Patrimônio Imaterial de Mato Grosso do Sul; estátua de Manoel de Barros, em Campo Grande, e Forte Coimbra, às margens do rio Paraguai.
“RESPIRAMOS CULTURA”
“Mato Grosso do Sul é um estado que respira cultura”, enfatizou Riedel na abertura da solenidade. E, dirigindo-se ao publico, sublinhou: “Quem produz toda a expressão maravilhosa do sul-mato-grossense e sua identidade são vocês. O que o ente público faz é dar condição para florescer as formas de expressão. É o nosso papel, valorizar e fazer encontrar o talento e a oportunidade de oferecer à sociedade uma programação que atenda todos os setores, investindo também na reforma e preservação de espaços e equipamentos”.
O apoio financeiro a projetos culturais com os editais que serão divulgados pelo FIC (Fundo de Investimentos Culturais) projeta para o ano R$ 14 milhões em propostas nas áreas de música, dança, teatro, artes plásticas, audiovisual, literatura e festas populares. São R$ 6 milhões a mais que em 2023. Tradições e eventos regionais serão fortalecidos, entre os quais a Festa da Linguiça de Maracaju, o Porco no Rolete de São Gabriel do Oeste, as rodas da viola de coxo, a Festa de Rua do Toro Candil, em Porto Murtinho. A programação de 2024 começa esta semana, com o carnaval em Corumbá e Campo Grande.