O gestor e chefe do LabPDI, Frederico do Prado, explica que o plano de trabalho divide o andamento do projeto ‘Quati’ em três fases: versão Alfa, versão Beta e versão 1.0
O LabPDI (Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) da PGE-MS (Procuradoria do Estado de Mato Grosso do Sul) segue trabalhando no desenvolvimento do algoritmo baseado em modelos de processamento de linguagem natural. A expectativa é que a versão Alfa do projeto seja entregue neste segundo semestre de 2023.
O algoritmo ‘Quati’ é uma IA (Inteligência Artificial) que irá lidar com processamento de texto e que será implementada inicialmente na PAT (Procuradoria de Assuntos Tributários) para atuar na área de execução fiscal, trazendo ganhos como a otimização de tempo e de recursos.
O gestor público e chefe do LabPDI, Frederico do Prado, explica que o plano de trabalho divide o andamento do projeto ‘Quati’ em três fases: versão Alfa, versão Beta e versão 1.0.
“A primeira entrega é a versão Alfa, mais conhecida como versão pré-teste da aplicação. No final de 2023 e início de 2024 vem a versão Beta, que é a versão Alfa melhorada a partir do feedback das pessoas que usarão o sistema, uma vez que finalizemos essa versão Beta vamos para a versão 1.0, que é a versão entregue para os últimos ajustes”, explicou.
A versão Alfa teve início em 2022, quando foi realizado o esboço do projeto com os servidores da PAT, sendo definido como o “Quati” deveria operar e como deveria ser a interface para o usuário. Atualmente, o ‘Quati’ está em fase de treinamento.
“O treinamento consiste em duas partes: Back end e Front. Uma parte da equipe é responsável pelo Back end, que é aquilo que fica atrás da aplicação, é o treinamento do algoritmo para que ele seja capaz de ler textos. Outra parte da equipe é responsável pelo Front, que cuida dos componentes, aquilo que o usuário está vendo na tela”, explicou o chefe do LabPDI.
Após a fase de treinamento, a versão Alfa será finalizada e, de acordo com o gestor público, irá apresentar uma tela na qual o servidor e/ou procurador poderá inserir o número do processo.
“A partir da busca pelas movimentações deste processo, o algoritmo irá ler essas movimentações e dizer se é uma prescrição ou não, dando uma margem de confiança. Logo após essa etapa, iremos trabalhar na versão Beta que irá treinar e melhorar essa margem de confiança, bem como a interface para o usuário”, completou.
O procurador do Estado responsável pelo Laboratório de Inovação, Fabio Hilário Martinez, afirma que o domínio da tecnologia é algo que vem sendo explorado por outras Procuradorias do Brasil e pelo Poder Judiciário e que a inteligência artificial, no âmbito da execução fiscal, tem se apresentado como algo promissor, pois grande parte dos fluxos de trabalho nessa área são repetitivos e de baixa complexidade.
“A ideia é automatizar tarefas repetitivas e deixar os servidores e procuradores para tarefas mais complexas que demandem reflexões e construções, deixando aquilo que é repetitivo para a Inteligência Artificial”, afirmou.
Fabio Hilário ressalta ainda que o foco do projeto, além de otimizar as tarefas desenvolvidas pela PAT, é o domínio da tecnologia, para que seja utilizada em outras rotinas da Procuradoria.
“A partir do momento que temos um algoritmo capaz de ler textos jurídicos, podemos automatizar qualquer rotina da PGE. Esse é um projeto piloto para que a gente consiga posteriormente aplicar a IA em rotinas da saúde, dos precatórios, dívida ativa e de outras unidades da PGE, facilitando o trabalho dos procuradores do Estado”, finalizou.
A previsão é que a versão final do projeto ‘Quati’ seja entregue no final de 2024.