Em reunião na agência do governo federal, parlamentares tentam reverter reajuste de 16,8% das tarifas de pedágio da rodovia que corta MS de norte a sul
O aumento de 16,82% no valor do pedágio da BR-163 em Mato Grosso do Sul, que começou a valer na sexta-feira (18), pode ser revertido. A pedido de deputados, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) vai tentar um acordo com a concessionária CCR MSVia até o dia 4 de setembro para suspender o reajuste, segundo o deputado federal Humberto Pereira, o “Beto Pereira”.
“Com um tema desse, a reunião começou um pouco tensa. Saímos daqui com uma proposta que deu pra avançar e a ANTT assumiu o compromisso de intermediar um acordo com a MSVia, no sentido até de recuperar a imagem deles, que já está muito desgastada”, afirmou o coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul, deputado federal Vander Loubet (PT).
“A ANTT pediu um prazo até o dia 4 de setembro para mediar uma negociação com a concessionária para que esse aumento seja suspenso. Portanto, temos um prazo estabelecido pela ANTT”, destacou o deputado federal Beto Pereira (PSDB).
“Na nossa avaliação, é um aumento abusivo, sobretudo a situação que se encontra a BR-163. A concessionária está inadimplente com suas obrigações contratuais. Ela deveria ter feito mais 800 quilômetros de duplicação dessa rodovia e ela não fez”, pontuou o deputado estadual Pedrossian Neto (PSD).
Com o reajuste, as tarifas para veículos de passeio variam de R$ 6,00 a R$ 9,10. Para veículos pesados de seis eixos, as tarifas ficam entre R$ 36 e R$ 54,60.
Enquanto isso, a BR-163, que tem 847 quilômetros de extensão em Mato Grosso do Sul, tem apenas 150 quilômetros com pistas duplas. Em 2019, a concessionária chegou a pedir a rescisão do contrato, alegando prejuízos financeiros.
Em nota, a CCR MSVia informou que as tarifas de pedágio foram alteradas conforme determina o contrato de concessão. O acréscimo, de acordo com a concessionária, corresponde à variação do Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) referente ao acumulado desde 2021.