O aumento dos preços nos supermercados nos últimos meses é detectado com facilidade pelos consumidores campo-grandenses. Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 capitais apontam que Campo Grande teve a segunda maior alta no valor da cesta básica do País. A cidade fica atrás apenas de Porto Alegre, que teve variação de 3,4%.
Na Capital o valor chegou a R$ 678,43 reais, com alta de 2,8% frente a janeiro. Se comparado os últimos 12 meses, a Capital se destaca mais. Entre fevereiro de 2021 e o mês passado, o valor da cesta básica em Campo Grande aumento 23%, a maior alta em todas as capitais pesquisadas. Natal, com 19,9%, e Recife, com 16,9%, são as mais próximas.
Em Campo Grande um dos aumentos que impactaram a cesta foi o do valor da batata, de 48%. Além disso, o feijão também foi responsável pelo valor mais caro em todas das capitais do País.
Os campo-grandenses tiveram que trabalhar 123 horas e 9 minutos para conseguir comprar uma cesta básica no segundo mês do ano.
Apesar de ter tido o maior aumento em um ano, o maior valor absoluto da cesta básica está longe de ser na capital sul-mato-grossense. A mais cara é a de São Paulo, que custa R$ 715,65, seguida pelas de Florianópolis (R$ 707,56), do Rio de Janeiro (R$ 697,37) e de Porto Alegre (R$ 695,91). Apesar de ter o maior custo do conjunto de itens básicos, a cesta do paulistano foi a que teve o menor aumento em fevereiro (0,25%). Em Florianópolis, houve alta de 1,72% e de 0,66% no Rio de Janeiro em fevereiro.
Aracaju tem a cesta mais barata, estimada em R$ 516,82, após a elevação de 1,77% em fevereiro. No Recife, a cesta teve aumento de 1,12% e foi a segunda mais barata (R$ 549,20). Em João Pessoa, terceira cesta com menor valor, houve variação de 1,98%, ficando em R$ 549,33.