Conciliador, bom de papo e tido como “pé de boi”, Dagoberto Nogueira Filho, presidente do Diretório Regional do PDT em Mato Grosso do Sul, já foi deputado estadual e em 2006 foi eleito deputado federal, estando agora no seu 3° mandato. Advogado e administrador, paulista de São José do Rio Preto, Dagoberto mora em Campo Grande há 38 anos, é casado com a antropóloga Maria Verônica Safadi Nogueira e tem dois filhos, Mariana e Felipe. Também é avô das preciosidades Lipe e Romeo. Durante a entrevista exclusiva à FOLHA DE CAMPO GRANDE, ele fez um relato do cenário político e de sua atuação na Câmara Federal, das eleições de outubro próximo, de sua relação como parlamentar com governadores e prefeitos, salientando que, independentemente da cor partidária, seu mandato é voltado para a melhoria de vida das pessoas e para o crescimento de Mato Grosso do Sul. Para o próximo pleito fez questão de ressaltar seu apoio incondicional ao PSDB, e que nestas eleições tem o compromisso de caminhar junto com o governador Reinaldo Azambuja.
FOLHA DE CAMPO GRANDE – Neste ano teremos eleições para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Como o PDT estadual vai caminhar?
DAGOBERTO NOGUEIRA – Tenho um compromisso com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Já ficou definido que nesta coligação ele vai ajudar com a nossa chapa de deputados federais e eu vou focar mais na chapa de estadual. Quero de novo alcançar a marca do PDT-MS e eleger três deputados.
FCG – Como foi costurada a aproximação com os tucanos em Mato Grosso do Sul?
DN- Acho que a maturidade e a seriedade de ambos. Lutamos pelos mesmos objetivos, por desenvolver ações e projetos que elevem a qualidade de vida de todos. Reinaldo é o maior governador municipalista que o Estado já teve, ajuda por demais os prefeitos e no Social não deixa nada a desejar aos dois mandatos de Zeca do PT.
FCG – A candidatura de Ciro Gomes a presidente e a posição da Executiva Nacional do PDT podem de alguma forma atrapalhar os
DN – Não. Já foi batido o martelo! Sou Ciro e vou trabalhar por ele. Contudo, aqui em MS vamos com quem tem compromisso com a palavra. O Governo Reinaldo é muito bem avaliado e esses projetos neste período de pandemia, como o Vale Gás, contas de luz dos mais vulneráveis pagas pelo Tesouro Estadual, redução da alíquota dos combustíveis… E ainda liberou as motos apreendidas por IPVA atrasado do pátio do Detran. Ótima sacada! Assim, o motociclista pode trabalhar e acertar o débito com o governo.
FCG – Está se desenhando a candidatura ao governo do secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel. Como o senhor enxerga essa possibilidade?
DN – Apoiaremos o candidato que Reinaldo indicar. Se ele optar por ele, vou comemorar. Riedel tem uma vantagem, ele nunca concorreu a um cargo político, por isso não tem desgaste no processo. Ele não tem questões ideológicas a serem resolvidas, é um técnico, tocador de obras excepcional. Riedel não tem que se ater as pesquisas eleitorais agora. Por atuar na execução, ele ainda não é conhecido do grande público. Mas quando a campanha começar e as pessoas verem que todos esses projetos de grande monta do governo Reinaldo têm Riedel como idealizador, o jogo vira.
FCG – O senhor é apontado por muitos prefeitos como defensor da causa municipalista. Como é essa relação?
DN- O próprio prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, sempre ressalta que eu sou o parlamentar que mais ajuda sua administração. Sem nenhuma contrapartida. E vou continuar viabilizando recursos para auxiliar no desenvolvimento da Cidade Morena. Mesmo não tendo nenhum cargo na prefeitura. Não indiquei ninguém, sequer um guarda noturno.