De janeiro a outubro deste ano, a receita obtida com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul já alcança quase US$ 3 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. No período, a receita total alcançou US$ 2,982 bilhões, indicando aumento de 2,9% na comparação com janeiro a outubro de 2018, quando o resultado ficou em US$ 2,898 bilhões.
Apenas no mês de outubro, as exportações de industrializados do Estado totalizaram US$ 290,1 milhões, indicando crescimento de 18% em relação ao mesmo mês de 2018, quando o valor ficou em US$ 245,8 milhões. Além disso, quanto à participação relativa, no mês a indústria respondeu por 70% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano a participação está em 68%.
Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, o montante pode ser creditado às reformas trabalhistas e previdenciárias, que já foram aprovados pelo Congresso Nacional, e as que estão sendo pautadas pela União para serem votadas pelos deputados federais e senadores. “Essas reformas têm efeito em cascata nos governos estaduais e trazem reflexos positivos para a sociedade”, pontuou.
O líder empresarial acrescenta que todas essas ações resultam na melhora da economia estadual. “Por isso, estamos exportando mais, temos redução da taxa básica de juros e a inflação está controlada. Cada vez mais a economia vai se ajustando”, ressaltou.
DESEMPENHO
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, o bom desempenho da balança comercial sul-mato-grossense é graças aos grupos ‘Celulose e Papel’, ‘Complexo Frigorífico’, ‘Extrativismo Mineral’, ‘Óleos Vegetais’, ‘Couros e Peles’ e ‘Açúcar e Etanol’, que somados representaram 98% da receita total das vendas de industrializados ao exterior.
O grupo ‘Celulose e Papel’ registrou receita de US$ 1,70 bilhão, um aumento de 10%, que foram obtidos quase que na totalidade com a venda da celulose (US$ 1,66 bilhão), tendo como principais compradores China, com US$ 994,4 milhões; Estados Unidos, com US$ 192,3 milhões; Itália, com US$ 143 milhões; Holanda, com US$ 122,3 milhões; Reino Unido, com US$ 46,2 milhões; Coreia do Sul, com US$ 27,4 milhões; e Espanha, com US$ 25,6 milhões.
Já no grupo ‘Complexo Frigorífico’, a receita conseguida de janeiro a outubro foi de US$ 817,7 milhões, um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 42,3% do total alcançado é oriundo das carnes desossadas de bovinos congeladas, que totalizaram US$ 345,9 milhões. Os principais compradores são Hong Kong, com US$ 138,3 milhões; Chile, com US$ 120,5 milhões; Emirados Árabes Unidos, com US$ 70,9 milhões; China, com US$ 49,6 milhões; Egito, com US$ 46,3 milhões; Arábia Saudita, com US$ 42,5 milhões; Irã, com US$ 41,9 milhões; Uruguai, com US$ 34,3 milhões; e Japão, com US$ 34,2 milhões.