Ao contrário do tratamento desatencioso que vem sendo dado desde 2013 aos professores da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande, os educadores da rede estadual conquistaram do governo, já em seu primeiro ano, uma negociação que garante à categoria faixas salariais que estão entre as melhores do Brasil.
Mesmo recebendo da gestão anterior a herança financeiro-administrativa de um estado endividado e a máquina massacrada pela queda de receita e muitas demandas reprimidas, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) encarou a mobilização reivindicatória dos professores apostando no diálogo e na confiança de encontrar uma solução compatível com os limites do Tesouro e as expectativas básicas dos trabalhadores.
Para equacionar esse desafio, ele contou com uma contribuição determinante, desde a construção do diálogo ao processamento vitorioso das negociações com o sindicalismo: a professora Rose Modesto, sua vice-governadora e secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho.
“Um dos momentos mais delicados do nosso governo foi a negociação salarial com os professores. Foi logo no começo da nossa gestão, quando não havia recurso pra quase nada. A Rose foi fundamental. Com responsabilidade pagamos hoje o maior salário dos professores do Brasil”, destaca Azambuja.
Os professores da rede estadual de Mato Grosso do Sul estão na faixa dos que mais avançaram em ganho salarial no Brasil. Os profissionais com licenciatura recebem o salário-base de R$ 3.994,25 pelas 40 horas semanais. O valor corresponde a R$ 1.282,77 a mais que a média de R$ 2.711,48 paga no Brasil para a categoria. Desde fevereiro os professores tiveram mais 11,36% em seu salário, melhoria referente à lei do piso salarial. Com os 11,36%, o salário base por 40 horas passou de R$ 2.830,26 para R$ 3.151,78. Nacionalmente, o valor do piso mínimo estabelecido pelo Ministério da Educação para 2016 é de R$ 2.135,64.
Em outubro, os professores devem receber mais 5,92% de reajuste salarial, referente à Lei Complementar n° 200, estadual, que prevê até 2021 implantar o Piso Salarial Nacional por 20 horas na Rede Estadual de Ensino. Mato Grosso do Sul foi o único estado brasileiro a ter esta política apontada no Plano Nacional de Educação.
Rose Modesto entende que esse olhar de prioridade e sensibilidade para a cidadania é fundamental na gestão de Campo Grande. “Além da oportunidade, os jovens precisam de educação. Quando fui vereadora criei a bolsa universidade, que está parada. Vamos colocar este projeto para funcionar”, pontuou. “Além disso, iremos oferecer cursos de capacitação e criar parcerias com instituições. O descaso está roubando o sonho das nossas crianças. Falta merenda de qualidade em nossas escolas, o material escolar e o uniforme estão sendo entregues só no meio do ano. Falta atenção e cuidado com o futuro de nossa cidade”, frisou.