Porto de Ladário, cidade gêmea com Corumbá, terá a primeira concessão para serviços de navegação no Brasil
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A confirmação de que a primeira concessão hidroviária no Brasil será para a Hidrovia do Rio Paraguai, com base operacional no Porto de Ladário, cidade gêmea de Corumbá, a 413 km de Campo Grande, alegrou um dos grandes entusiastas desta pauta, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele disse que a medida vai garantir condições concretas para a utilização sustentável e segura da hidrovia.
“Mais uma boa notícia a comemorar. Mato Grosso do Sul se prepara, confiante, para realizar a primeira concessão hidroviária deste País, com o objetivo de aprimorar a movimentação de cargas no Rio Paraguai, melhorar o controle ambiental e a eficiência logística”, comentou. “Com isto, o nosso Estado se fortalecerá ainda mais na liderança regional dentro do Mercosul e do eixo continental da Rota Bioceânica, tanto em competitividade como em oferta de ganhos agregados para todos”, analisou Azambuja.
Com 600 km entre Corumbá-Ladário e a Foz do Rio Apa, em Porto Murtinho, a Hidrovia do Rio Paraguai movimentou 9 milhões de toneladas de mercadorias em 2024. Azambuja destaca um dos itens da proposta inicial de concessão, a de que nos primeiros cinco anos sejam realizados serviços de dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização adequados, construção de galpão industrial, aquisição de draga, monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, entre outras melhorias.
“A ideia é ter um monitoramento online das embarcações durante todo o trajeto, o que é um fator de segurança dos mais interessantes”, pontuou. O ex-governador lembra que em seus mandatos de deputado estadual e federal já levantava a bandeira de investimentos nos modais ferroviário e hidroviário como meios eficazes para tornar viáveis as expectativas de escoar a produção com opções de menor custo e associadas aos desafios do desenvolvimento sustentável.
GANHOS
A concessão foi confirmada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). As regras da medida projetam ganhos como a melhoria da logística de transporte, redução das emissões de gases de efeito estufa, desafogo do fluxo rodoviário de caminhões e assegurar ao País maior competitividade a seus produtos nos negócios com os mercados externos. Com o contrato inicial prorrogável de 15 anos, a concessão prevê para os primeiros cinco anos cerca de R$ 63,8 milhões em investimentos.
Será criado um Centro Operacional para o monitoramento do Rio Paraguai e implantado um sistema de gestão do tráfego hidroviário. A construção de um galpão industrial, aquisição de dragas, aparelhos de monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, além da isenção de tarifas para transporte de passageiros e de cargas de pequeno porte também estão no edital de concessão.