Em decorrência da perseguição, a adolescente passou a evitar ir às aulas, acumulando muitas faltas
Um caso chocante está sendo investigado pela polícia em Mato Grosso do Sul. O pai de uma aluna registrou um boletim de ocorrência denunciando que o vice-diretor de uma escola estaria perseguindo sua filha, uma adolescente que foi vítima de estupro por dois professores no final do ano passado.
A menina, que passou a fazer tratamento psiquiátrico e psicológico devido ao trauma do estupro, teria sido alvo de constantes assédios por parte do vice-diretor. Segundo o pai, o administrador escolar a procurava frequentemente em sala de aula, a retirava para conversar em particular e proferia ofensas, chegando a chamá-la de “vergonha para a escola”.
Em decorrência da perseguição, a adolescente passou a evitar ir às aulas, acumulando muitas faltas. Diante disso, o vice-diretor teria afirmado que ela já havia sido reprovada e questionado a razão de sua permanência na escola.
O caso gerou grande comoção na comunidade escolar e na sociedade em geral. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) já iniciou as investigações e está ouvindo testemunhas para apurar as denúncias.
O Conselho Tutelar também foi acionado para acompanhar o caso e garantir a proteção da adolescente. A escola, por sua vez, deve adotar medidas administrativas contra o vice-diretor, como sua suspensão imediata das funções.
A perseguição sofrida pela adolescente agrava ainda mais o trauma causado pelo estupro, podendo gerar consequências psicológicas de longo prazo. Além disso, a situação expõe a fragilidade do sistema de proteção à criança e ao adolescente, que muitas vezes falha em garantir a segurança e o bem-estar das vítimas.