Apesar de liberado, o pecuarista foi obrigado a assumir o compromisso de cuidar dos animais sobreviventes e de buscar soluções para garantir o abastecimento de água na propriedade
Um caso de maus-tratos a animais chocou Mato Grosso do Sul. Um pecuarista de 62 anos, proprietário da Fazenda Alvorada, localizada entre Coxim e Rio Verde de Mato Grosso, foi preso e posteriormente liberado após a descoberta da morte de 268 bovinos e o abandono de outros 716 em condições precárias.
A Polícia Militar Ambiental (PMA) foi acionada após denúncias e, ao chegar à propriedade, encontrou um cenário de desolação. Os animais sobreviventes estavam extremamente debilitados, desnutridos e sem acesso à água potável. A seca prolongada na região agravou ainda mais a situação, levando à morte de centenas de cabeças de gado.
O pecuarista foi preso em flagrante pela PMA e levado para a Delegacia de Rio Verde de Mato Grosso. No entanto, devido à natureza do crime, que prevê pena de três meses a um ano, ele foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O delegado responsável pelo caso, Matheus Vital, explicou que a pena inferior a dois anos impede a prisão em flagrante.
Apesar de liberado, o pecuarista foi obrigado a assumir o compromisso de cuidar dos animais sobreviventes e de buscar soluções para garantir o abastecimento de água na propriedade. O Ministério Público Estadual (MPMS) acompanhará de perto o cumprimento dessas medidas e poderá adotar medidas judiciais caso o pecuarista não cumpra suas obrigações.
A morte de tantos animais gera um grande impacto ambiental e social. A carcaça dos animais mortos pode contaminar o solo e as águas, além de atrair animais vetores de doenças. Além disso, a perda de animais representa um prejuízo econômico para o produtor e para a região.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais, com diversas manifestações de repúdio à atitude do pecuarista. Organizações de proteção animal também se manifestaram, cobrando punições mais severas para casos de maus-tratos.
As autoridades ambientais e policiais continuam investigando o caso e avaliando as medidas necessárias para garantir a proteção dos animais e a recuperação da área.