Ao todo, foram cumpridos 36 mandados judiciais, sendo 31 de busca e apreensão, um de prisão preventiva, um de sequestro de bem imóvel e dois de bloqueio de ativos
A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta quarta-feira (4) a Operação Relutância, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando e distribuição de cigarros eletrônicos. A ação teve como foco principal a cidade de Rondonópolis (MT), mas também foram cumpridos mandados em Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Várzea Grande (MT), Sorriso (MT), Redenção (PA), Xinguara (PA) e Goiânia (GO).
Ao todo, foram cumpridos 36 mandados judiciais, sendo 31 de busca e apreensão, um de prisão preventiva, um de sequestro de bem imóvel e dois de bloqueio de ativos. A operação resultou na apreensão de diversos produtos, como cigarros eletrônicos, computadores, celulares e documentos. Além disso, foram apreendidos veículos de luxo, que eram utilizados para transportar a mercadoria contrabandeada.
As investigações da Polícia Federal apontaram que a quadrilha adquiria os cigarros eletrônicos no Paraguai e os transportava para o Brasil em diferentes veículos, utilizando as rodovias do país. Em Rondonópolis, a organização criminosa mantinha um centro de distribuição, de onde os produtos eram enviados para outras cidades do Centro-Oeste, Norte e Sudeste.
Os cigarros eletrônicos eram vendidos tanto em lojas físicas quanto pela internet, sendo entregues aos clientes por motoboys ou em carros de pequeno porte. A quadrilha também utilizava notas fiscais falsas para simular a legalidade da operação.
Durante a operação, dois indivíduos foram presos em flagrante em Rondonópolis, um por tráfico de drogas e outro por porte ilegal de arma de fogo. Os demais integrantes da organização criminosa foram indiciados pelos crimes de contrabando, receptação, falsidade ideológica, desobediência e associação criminosa.
A Operação Relutância representa um duro golpe na organização criminosa responsável pelo contrabando de cigarros eletrônicos na região Centro-Oeste. A ação visa coibir a prática de crimes como contrabando, lavagem de dinheiro e organização criminosa, além de proteger a saúde pública, uma vez que o comércio ilegal de cigarros eletrônicos pode envolver produtos de origem duvidosa e sem registro sanitário.