Índice de preços acumulado nos últimos 12 meses chegou a 4,5%, atingindo o teto da meta estabelecida pelo governo
A inflação oficial do país voltou a acelerar, após perder força no mês passado, e ficou em 0,38% em julho, informou nesta sexta-feira (9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve uma alta de 0,17 ponto percentual em relação a maio, quando variou 0,46%.
No ano, o IPCA acumula alta de 2,87%. Já nos últimos 12 meses, a taxa é de de 4,5%, acima dos 4,23% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e atingindo o teto da meta estabelecida pelo governo (3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. A maior variação (1,82%) e impacto vieram de transportes.
No grupo, a maior variação veio das passagens aéreas (19,39%). Já o maior impacto foi da gasolina (3,15%). Em relação aos demais combustíveis (3,31%), o etanol (5,9%) e o óleo diesel (1,03%) apresentaram aumento de preços, enquanto o gás veicular (-0,2%) registrou queda.
O resultado do grupo habitação (0,77%) foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial (1,93%). Em julho, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$1,885 a cada 100kwh consumidos.
Comida mais barata e lanche mais caro
No lado das quedas, o grupo alimentação e bebidas caiu 1% em julho. A alimentação no domicílio caiu 1,51%, após alta de 0,47% em junho. Foram observadas quedas nos preços do tomate (-31,24%), da cenoura (-27,43%), da cebola (-8,97%), da batata inglesa (-7,48%) e das frutas(-2,84%). No lado das altas, destacam-se o café moído (3,27%), o alho (2,97%) e o pão francês (0,67%).
A alimentação fora do domicílio (0,39%) registrou variação próxima a do mês anterior (0,37%). O subitem lanche acelerou de 0,39% para 0,74%, enquanto a refeição desacelerou de 0,34% para 0,24%.