Nesta sexta-feira (21), o ministro da Defesa do Paraguai, Óscar González, afirmou que os militares estavam realizando um voo de reconhecimento na região para coletar informações e não tinham como objetivo enfrentar narcotraficantes
Dois militares paraguaios ficaram feridos durante um ataque a tiros contra um helicóptero da Força Aérea do Paraguai na tarde de quinta-feira (20). O ataque aconteceu na Colônia Brítez Cue, no departamento de Canindeyú, a cerca de 35 km da fronteira com o Brasil, na cidade de Paranhos (MS).
A aeronave estava a serviço da Força-Tarefa Conjunta (FTC), um grupo de elite formado por militares paraguaios para combater o narcotráfico na região. O helicóptero foi atacado quando sobrevoava uma área de atuação do cartel controlado pelo narcotraficante Felipe Santiago Acosta, conhecido como “Macho”.
Os dois militares feridos foram o coronel Luis Maria Sapriza Melgarejo, que foi atingido na mão direita, e o tenente Fernando Dario Viveros Rojas, que sofreu uma fratura exposta no braço direito por causa do tiro. Ambos receberam atendimento no Hospital Regional de Curuguaty e depois foram levados de avião para a capital Assunção. Eles estão fora de perigo.
Segundo o tenente-coronel Luis Apesteguia, porta-voz da FTC, nove militares estavam a bordo do helicóptero quando ele foi atacado com tiros de fuzil calibre 50 ou 7,62. Os disparos causaram buracos na fuselagem e obrigaram o piloto a fazer um pouso de emergência.
Nesta sexta-feira (21), o ministro da Defesa do Paraguai, Óscar González, afirmou que os militares estavam realizando um voo de reconhecimento na região para coletar informações e não tinham como objetivo enfrentar narcotraficantes.
“As operações de inteligência são rigorosas e não são operações de combate. Voos de reconhecimento precisam ser feitos a uma altura que permita visualizar o que está acontecendo no solo”, explicou o ministro em resposta a questionamentos da imprensa paraguaia sobre o fato de os militares não terem revidado o ataque. Segundo ele, os militares seguiram o protocolo, abandonaram a área rapidamente e pousaram em um local seguro para que os feridos pudessem receber atendimento médico.
Testemunhas relataram que os autores do ataque estavam em quatro caminhonetes Toyota Hilux e abriram fogo com armas longas quando o helicóptero se aproximou do solo. Reforços da FTC e de outras forças de segurança foram enviados para a região para tentar localizar os responsáveis pelo ataque.
O ataque gerou preocupação nas autoridades brasileiras e paraguaias, que intensificaram o patrulhamento na fronteira entre os dois países. O objetivo é evitar novos ataques e combater o crime organizado na região.
Informações adicionais:
- Data do ataque: 20 de junho de 2024
- Local: Colônia Brítez Cue, departamento de Canindeyú, Paraguai
- Vítimas: 2 militares paraguaios feridos
- Autores: Suspeitos ainda não identificados
- Motivo: Possivelmente ligado ao narcotráfico
- Ações em andamento: Reforço do patrulhamento na fronteira entre Brasil e Paraguai