Processo movido pelo MPMS indica que contrato foi direcionado para grupo de empresários e que serviço prestado em Campo Grande não é satisfatório
Ação civil pública movida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) que pede a anulação da concessão bilionária do Consórcio Guaicurus para operar o transporte público em Campo Grande. O contrato, firmado em 2012, prevê a exploração do serviço por 20 anos, com faturamento total estimado em R$ 3,4 bilhões para o consórcio.
O MPMS aponta indícios de que a licitação de 2012 foi direcionada para o Consórcio Guaicurus, com pagamento de propina ao escritório dos advogados Sacha Reck e Guilherme Gonçalves para garantir o resultado. O MP alega que o Consórcio Guaicurus não tem capacidade de prestar um serviço de qualidade à população, como demonstrado pelos atrasos constantes e a necessidade de os cidadãos recorrerem a meios alternativos de transporte.
O julgamento da ação está marcado para 20 de junho de 2024 pela 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O delator Sacha Reck, que deu informações cruciais para o processo, foi dispensado como testemunha de acusação pelo MPMS, o que gerou questionamentos.
A anulação da concessão do Consórcio Guaicurus, caso o MPMS seja vitorioso na ação. Abertura de nova licitação para o transporte público em Campo Grande. Investigações sobre as denúncias de fraude na licitação, com possível responsabilização dos envolvidos.
O Consórcio Guaicurus nega as acusações e se defende alegando que venceu a licitação de forma legítima. A população de Campo Grande acompanha o caso com apreensão, esperando por um desfecho que garanta um serviço de transporte público de qualidade.