De janeiro a março deste ano foram registrados 29 incidentes envolvendo mordidas de peixes nos turistas, destes 11 ataques foram feitos por tambaquis.


A prefeitura do município de Bonito localizado a 260 Km da Capital, acionou na semana passada o Governo do Estado após registrar, de janeiro a março deste ano, 29 incidentes atendidos no hospital da cidade, envolvendo mordidas de peixes em turistas que estavam em atrativos da cidade.
Dos 29 ataques, 20 ocorreram na Praia da Figueira. Do total, 11 envolveram mordidas de peixes da espécie tambaqui, sendo cinco casos de amputação de dedos e os demais de sutura.


Uma das vítimas, uma comerciante de 46 anos, moradora em São José do Rio Preto (SP), foi atacada por um peixe tambaqui na Praia da Figueira, no dia 24 de janeiro deste ano, em Bonito. Ela contou que passava as férias com a família, havia acabado de chegar ao local e brincava com os filhos de 8 e 12 anos no bar molhado. De repente o peixe grudou em seu dedo, mordeu e ficou pendurado. “Levantei o braço, chacoalhei a mão e ele soltou. Começou a sair muito sangue, saí correndo e pedindo socorro”.
A turista levou nove pontos em dois dedos da mão direita, contou que sentiu muita dor e ficou sete dias impossibilitada de trabalhar.
A comerciante afirmou ainda que achou um absurdo o empreendimento não ter placas indicando perigo e alertando que os peixes atacavam. “Estava com crianças, graças a Deus não atacaram meus filhos”, pontuou. No hospital, de acordo com Luciana, a médica comentou que há ataques frequentes na Praia da Figueira, já havia mandado notificar o empreendimento, mas ninguém tomou providências.
Após o alerta da Prefeitura de Bonito, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) determinou que a lagoa artificial permaneça interditada e exigiu a instalação de barreiras físicas e educativas para impedir o acesso dos visitantes à água. A decisão veio após a revogação parcial da suspensão da Licença de Operação do empreendimento, permitindo a retomada das atividades terrestres que não envolvam a lagoa.
A administração da Praia da Figueira informou que a lagoa foi fechada na última quarta-feira (26/03) para manutenção, mas que o restante do empreendimento foi liberado para funcionamento. Mesmo com a interdição da principal atração, o valor dos passeios segue inalterado.
O Imasul reforçou que seguirá monitorando o cumprimento das exigências para garantir a segurança dos visitantes e a preservação ambiental.