Ambas as instituições possuem prerrogativa legal de exigir em juízo fim da farra com o dinheiro público
Desde 27 de julho de 2021, ou seja, há mais de 1 ano, o vereador professor André tenta ter acesso à lista com os nomes dos milhares de beneficiários do Programa de Inclusão Social (Proinc), mantido pela prefeitura da Capital e que se transformou em escândalo de grande proporção, constantemente noticiado pela imprensa.
Mesmo assim, até o momento não se ouviu nem uma palavra do Ministério Público Estadual. Também silente está a Seccional de Mato Grosso do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil. Esse foi o tema abordado nesta terça-feira (23), pelo jornalista Edir Viégas na coluna CBN em Pauta.
Criado para atender pessoas carentes, oferecendo cursos profissionalizantes e emprego temporário, além de cesta básica e passe de ônibus, o Proinc foi totalmente desvirtuado e se transformou, na gestão Marquinhos Trad, num grande cabide de emprego para cabos eleitorais e apaniguados políticos.
“É evidente que nem todas as 2.56 pessoas inseridas no Proinc estão no programa de forma irregular. No entanto, ao menos mais de uma centena, estão”, diz o articulista.
Influenciadores digitais que postam ostentação de riqueza nas redes sociais, empresário dono de clínica, comerciante de Três Lagoas, professora residente em Amambai, mãe de aliados políticos e até carnavalesco aposentado constam da lista de beneficiários, todos eles trabalhando na limpeza.
De forma criminosa, com aval de alguém da prefeitura, essas pessoas ocupam vagas destinadas a pessoas carentes. O escândalo vem sendo notícia na imprensa desde o final do ano passado.
“O MPE, na condição de fiscal da lei, e a OAB, na condição de defensora da ordem jurídica, fazem cara de paisagem. Lamentável”, finaliza Edir Viégas.