Candidaturas de Papy e Carlão tentam garantir chapa eclética e sem imposição do Executivo
Marcada para 1º de janeiro, a eleição da próxima Mesa Diretora da Câmara Municipal de Campo Grande promete lances agitados, desde que não haja consenso na definição dos nomes. Mesmo sem propor distância ou posição de confronto com o Executivo, os vereadores Carlão Borges (PSB), atual presidente, e Papy (PSDB), tentam formar uma chapa partidariamente eclética, comprometida com a autonomia política e institucional do poder, mas sem hostilidades à prefeita reeleita Adriane Lopes (PP).
Os tucanos têm a maior bancada, com seis vereadores: Silvio Pitu, Professor Juari, Papy, Victor Rocha e Flávio Cabo Almi. Depois vem o PP, com quatro eleitos: Professor Riverton, Maicon Nogueira, Delei Pinheiro e Beto Avelar. O PL, PT e União Brasil elegeram três, enquanto o Avante, Republicanos, Podemos e MDB fizeram dois e com apenas um eleito as urnas contemplaram PSD, PSB e PDT.
PESOS NA BALANÇA
Alguns fatores são considerados determinantes na construção das chapas e na antevisão de um eventual enfrentamento. O peso da maioria pode não ser decisivo, mas conta como possível vantagem do PSDB. A questão, entretanto, tem um contraponto: a segunda maior bancada é do partido da prefeita. E diante destes dois fatores, entram em cena como fiéis da balança os partidos que caminharam coligados na disputa majoritária.
Já está veiculado na imprensa que Papy e Carlão, para presidente e 1º secretário, teriam fechado o apoio de 18 colegas, o que equivale a 20 votos. No entanto, informou-se também que Adriane Lopes e a senadora Tereza Cristina (PP) estariam abastecendo o legítimo desejo do partido de ficar com a presidência do Legislativo, que está há quatro anos nas mãos dos tucanos. Em princípio, seis vereadores do PT e União Brasil, um do PL, um do Republicanos e um do Podemos já teriam assumido compromisso com a chapa liderada por Papy e Carlão.