Ex-governador e secretário conduzem ações políticas, um no partido e outro no Governo
Embora seja o partido do governador Eduardo Riedel e tenha a larga maioria das cadeiras de representações legislativa (Assembleia e Câmaras Municipais) e executiva (prefeituras), o PSDB não quer misturar as coisas e nem permitir que as demandas políticas e eleitorais interfiram na gestão de Mato Grosso do Sul. Por isso, a exemplo do que já se fazia nos últimos oito anos, os tucanos decidiram firmar dois pontos de referência específicos para as políticas de partido e de governo.
As articulações partidárias, como os assuntos políticos e eleitorais, vão acompanhar a liderança e os cuidados do ex-governador Reinaldo Azambuja, enquanto as demandas políticas no território de governança ficam com o secretário executivo de Riedel em Brasília, Sérgio de Paula.
MUDANÇA
A única alteração significativa deve ser a redução da musculatura estrutural e política da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica, ocupada por Pedro Caravina. Ele é deputado estadual licenciado e pode, se quiser, retomar o mandato, embora não exista qualquer estremecimento com Riedel ou os dirigentes da legenda.
O ex-deputado Eduardo Rocha permanece à frente da Casa Civil, fazendo a ponte com a Assembleia Legislativa. Cumpre ainda um papel de auxiliar nas relações entre o Estado e o governo federal, já que sua esposa, Simone Tebet, é ministra do Planejamento e voz influente no governo Lula.
Os tucanos entendem que a escolha de Azambuja e de Paula para as atribuições especificamente pré-estabelecidas, seguem um raciocínio que foi vitorioso na campanha de Riedel em 2022. E esta receita agora serve para os passos que serão dados por Riedel, provavelmente candidato à reeleição em 2026, e das forças do PSDB que disputarão prefeituras e câmaras em 2024.