Durante a sessão da Câmara Municipal de Campo Grande desta terça-feira (10), o vereador Marcos Tabosa (PDT), protestou contra esse projeto que ainda é do ex-prefeito Marcos Trad (PSD). Tudo explodindo no colo da prefeita Adriane Lopes (Patriota). O que demonstra como o pré-candidato ao governo trata os servidores. Para dar aumento enrolou, levou com a barriga e só aceitou por conta dos indicativos de greve, “mas mesmo assim o fantasma dele volta a nos assombrar”, diz Tabosa.
O Projeto de Lei enviado pelo Executivo visa aumentar a contribuição mensal dos servidores para o Servimed, o plano de saúde do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande). O objetivo, segundo a justificativa, é elevar arrecadação em R$ 2 milhões e, assim, conseguir deixar as contas equilibradas.
“Já que não é possível a redução de despesas, pois isso implicaria em reduzir a prestação de saúde aos servidores filiados”, traz um trecho da proposta. Se aprovado o percentual de contribuição do município deve subir de 4% para 6%. Já o servidor filiado que hoje contribui com 4% do salário, terá descontado 4,2%, se a medida for aprovada. O cônjuge hoje paga 2% e pode passar a pagar 4%.
Contra o projeto, Tabosa classificou o reajuste como um “absurdo”. “Os servidores públicos de Campo Grande tiveram 5% de reposição da inflação, 5,1% já fica pela previdência e pro próprio Servimed. Sobra 4% se pegarmos a deflação de janeiro, fev, março e abril da 4.91%, ou seja, é descontado em torno de 5,5% e vai passar para aproximadamente 7.70%.”
“Falei com o presidente da Sisem (Sindicato dos Servidores Campo Grande), ele disse já estar articulando, caso a votação aconteça, encher a casa dos vereadores de servidores, como um mecanismo democrático de pressão,” completou.
Segundo o parlamentar, o Executivo, desde ano passado, deixou preparado esse reajuste para o Servimed. Ele diz que servidor vai perder 3.11% do seu poder de compra. “Deflação de janeiro, fevereiro, março e abril, fechou em 4.91%. E o servidor já tem um poder de compra de 0.91%, ou seja, ele está perdendo seu poder de compra. E se esse projeto passar, o prejuízo para o servidor é de 3.11% a menos no seu salário base” calculou.
Tabosa diz que, atualmente, o percentual descontado pelo Servimed é de 5.5% e que o valor será aumentado para 7%, caso a proposta passe na Casa. “O ex-prefeito deu mais uma mostra do modo de governar, não tem palavra e na surdina ainda tenta prejudicar mais os servidores”, finalizou Tabosa.