Com 210,1 mil votos, líder estadual do União Brasil vê a cidade dividida e mantém sentimento por mudança
Uma diferença de apenas 12.587 votos tirou de Rose Modesto (União Brasil) a possibilidade de conquistar a Prefeitura de Campo Grande ontem (domingo, 27). Ela teve 210.112 votos, contra 222.699 da prefeita Adriane Lopes (PP). Os números confirmaram o equilíbrio apontado nas pesquisas, dando à vencedora uma vantagem dentro da margem do empate técnico. E este resultado, segundo Rose, comprovou que a população está praticamente dividida.
“Eu aceito o resultado do eleitor, que deve ser sempre soberano. Mas uma coisa é certa: eu jamais vou desistir de Campo Grande”, avisou, sem explicar se esta seria uma antecipação de fazer outra tentativa no futuro. “A Capital está quase que dividida, uma parte quer que as coisas continuem do jeito que estão e outra parte, quase do mesmo tamanho, quer a mudança. As urnas têm que ser respeitadas, mas a realidade também”, salientou.
Rose disse que ainda não decidiu o que fará agora. A primeira coisa que pretende é descansar e pensar nos próximos dias qual caminho escolher. Tem convite para manter o trabalho que vinha realizando à frente da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) e também para participar de projetos na iniciativa privada. “O meu primeiro projeto agora é descansar um pouco, recuperar a voz e aí depois trabalhar”, assinalou.
CONSCIÊNCIA TRANQUILA
Sobre a campanha, ela assegurou ter aprendido coisas que não sabia e está com a consciência tranquila de quem cumpre seu papel na afirmação da democracia. Mas não deixou de lamentar e criticar a onda de fake news (notícias falsas) que a atingiram duramente. Para resistir, ela destacou que teve um apoio extraordinário da sociedade. E agradeceu a todos os eleitores que votaram nela nos dois turnos.
“Toda luta vale a pena. Deus me deu mais do que eu imaginava. Eu me sinto honrada de ter tido coragem de enfrentar máquinas e máquinas”, observou, reportando-se ao suporte que contemplou sua adversária com a força da prefeitura e do governo do Estado. “A gente sai com o sentimento de que valeu a pena ser a voz de mais de 210 mil campograndenses que queriam a mudança. Seguirei trabalhando por Campo Grande onde eu estiver”, finalizou.